A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Máfia dos Guinchos recebeu na manhã desta segunda-feira (6) o promotor de Justiça Jerson Ramos de Souza. Os deputados também ouviram o corretor de imóveis, José Renato da Silva. Ambos afirmaram que tiveram seus veículos removidos sem qualquer justificativa.
O promotor teve uma motocicleta apreendida pela Guarda Civil Municipal de Vitória (GCMV) sem justificativa. “Estacionei minha motocicleta em um local permitido e ao retornar fui informado, que ela tinha sido removida, por estar estacionada em local proibido, porém não existia nenhum tipo de placa ou indicativo de proibição de estacionar”, explicou o promotor.
Ao chegar ao pátio da Sinales, empresa responsável pela manutenção de semáforos e pinturas de faixas de trânsito em Vitória, ele foi atendido apenas pela secretária. Quando foi informado sobre o valor para retirada do veículo a atendente disse que o pagamento teria que ser feito somente em dinheiro.
Ao ser questionado pela CPI se a situação dos guinchos revelava uma máfia ou quadrilha, o promotor adotou a cautela e disse que se as investigações apontassem para isso, adotaria termo, mas enquanto isso, prefere não fazer uma afirmação tão séria.
Os deputados também ouviram o corretor de imóveis José Renato da Silva. Ele também foi multado pela Guarda de Vitória e teve o veículo removido. Disse que também foi vítima de intolerância por parte dos agentes.
“Estava participando de uma reunião em Jardim da Penha, quando fui informado que o meu carro estava sendo guinchado, e ao chegar ao local verifiquei que não existia nenhum tipo de impedimento para estacionar ali. Tentei conversar com os agentes, porém não teve jeito”, afirmou Silva.
Para a próxima reunião da CPI, no dia 13 de Julho os parlamentares aprovaram a convocação do diretor-presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/ES), Fabiano Contarato. Os membros do colegiado querem saber se o Detran já adotou alguma providência quanto ao credenciamento com os pátios da Grande Vitória.
Além de Contarato os deputados decidiram convocar Ângela Santana de Oliveira e Auxiliadora Tibério Gomes que são as proprietárias do pátio onde os carros são levados, conhecidos como Central Park. A convocação delas foi necessária, pois o possível favorecimento do pátio foi citado em vários depoimentos.
