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​Casagrande participa de ato de entrega das doses da Coronavac no Butantan

200 mil doses foram entregues ao Estado no último sábado e outras 300 mil chegarão ainda nesta semana

O governador Renato Casagrande (PSB) participou da solenidade de liberação de doses de vacinas no Instituto Butantan, em São Paulo, na manhã desta quarta-feira (22), juntamente com os governadores do Ceará, Camilo Santana (PT); do Piauí, Wellington Dias (PT); e do Pará, Helder Barbalho (MDB). A solenidade marcou a aquisição de 500 mil doses pelo Espírito Santo, sendo que 200 mil foram entregues no último sábado e 300 mil, de acordo com Casagrande, chegarão ainda nesta semana.

Foto: Divulgação

O secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, também esteve no ato. Embora o estado do Mato Grosso também tenha adquirido doses da Coronavac, o governador Mauro Mendes (DEM) não compareceu. O total de imunizantes adquiridos por todos estados foi de 2,5 milhões. Durante o evento, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), destacou que a Coronavac é a vacina mas aplicada no mundo, sendo utilizada em 32 países e que, até o momento, 100 milhões foram destinadas ao Plano Nacional de Imunização (PNI).

Casagrande salientou que as doses adquiridas irão complementar o PNI e serão utilizadas em pessoas maiores de 18 anos, permitindo que as da Pfizer sejam destinadas para adolescentes de 12 a 17 anos. O mesmo imunizante, junto com o da Astrazeneca, também irá compor as doses de reforço para os maiores de 60 anos. “Vidas serão salvas”, afirma o governador, destacando que, em meio à pandemia, “o SUS [Sistema Único de Saúde] tem cumprido um papel extraordinário”. O gestor também recordou a visita ao Instituto Butantan, em abril deste ano, quando o Espírito Santo manifestou interesse na aquisição de quatro milhões de doses da Butanvac, fabricada pelo Instituto.

“Assim que houver autorização da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] para uso emergencial, queremos adquirir”, disse. Entretanto, ainda não se sabe em quais grupos e faixas etárias as vacinas serão utilizadas. O governador informou ainda sobre uma parceria do Espírito Santo com o Instituto em um estudo que avalia a eficácia da Coronavac em crianças de três a 11 anos, uma vez que ela já é usada em crianças e adolescentes em outros países.

Outros estados

Camilo Santana informou que mais de 90% da população adulta do Ceará está vacinada com a primeira dose e que, no momento, começou a imunização de adolescentes. “Não descansarei enquanto não vacinar toda a população do estado do Ceará. Somente através da vacinação vamos voltar à normalidade”, disse.
Foto: Secom

Wellington Dias, em sua fala, destacou a motivação que os levou a tomar a decisão de adquirir as doses diretamente com o Instituto Butantan. “Somos governadores de diferentes regiões e de diferentes partidos. O que nos une? Um pacto pela vida, um pacto para salvar vidas. Seguir a ciência é o que nos une. Ao seguir a ciência, temos compromisso com o Plano Nacional de Imunização”, afirmou.

O governador do Piauí encara a solenidade desta quarta como um momento histórico, pois, conforme recorda, sua gestão “fez de tudo para suprir a falta de vacinas” causada por falhas na coordenação nacional. Ele destaca que, embora os estados tenham adquirido a vacina diretamente com o Instituto, é preciso cobrar a manutenção do contrato do Ministério da Saúde com o Butantan e a aquisição de imunizantes de outros fabricantes.

Para Helder Barbalho, a solenidade desta terça-feira foi “mais um passo da união de esforços a favor da vida, da proteção dos brasileiros”. O governador do Pará acredita que a vacina é “a única alternativa para que possamos nos proteger e virar a página deste momento tão dramático da história mundial”. Ele destacou que “em face da grandiosidade da pandemia”, não se deve esperar pelo governo federal e pela iniciativa privada. “Hoje é um dia histórico em que o Pará e os demais estados fazem aquisição direta de vacina para acelerar a imunização”.
Doses recolhidas
Devido ao envasamento de mais de 12 milhões de doses da Coronavac em fábrica não autorizada pela Anvisa, a Agência, que já havia determinado a interdição dos imunizantes no início de setembro, determinou, nesta quarta-feira, seu recolhimento. Segundo o governador João Doria, o estado de São Paulo já havia orientado nesse sentido. De acordo com ele, isso não significa que estão proibidas de serem utilizadas ou que serão destruídas, mas sim, que a gestão aguarda a inspeção da nova fábrica, em Pequim, na China, onde foi feita a produção. 
O presidente do Butantan, Dimas Covas, explicou que a qualidade dos lotes não está comprometida, e sim, que “o que se discute é o procedimento”, pois as vacinas foram produzidas em uma nova fábrica, não inspecionada pela Anvisa.
Butanvac
Dimas Covas também informou que foi publicado, na Indonésia, o estudo da fase 1 com uma vacina correspondente à Butanvac, produzida pelo Instituto. Associado com o estudo brasileiro dessa mesma fase, será possível partir para a fase 2, que é de aplicação da vacina. Dimas destacou que a Butanvac é mais barata e que os estudos apontam que sua imunogenicidade é superior a das outras vacinas que estão sendo utilizadas.

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