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Consultas públicas propõem incorporar mais métodos contraceptivos no SUS

O Espírito Santo apresenta um índice maior do que o nacional de partos na adolescência e uma das causas para este índice é a desinformação sobre métodos contraceptivos. Atualmente, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) tem consultas públicas abertas para a ampliação dos métodos contraceptivos disponibilizados no Sistema Único de Saúde (SUS).

As consultas estão abertas até a próxima terça-feira (2) e propõem a incorporação o dispositivo intrauterino (DIU) liberador de levonorgestrel para anticoncepção em mulheres de 15 a 19 anos de idade; e a incorporação do implante subdérmico liberador de etonogestrel para anticoncepção em mulheres de 15 a 19 anos.

Em 2014, dos 34.016 partos realizados no Estado, 8.209 foram de meninas com idades entre 10 e 19 anos, o que corresponde a 24,1% de todos os partos realizados no Estado.

O País registra mais de 235 mil gestações não planejadas de mulheres jovens por ano. O custo é de mais de R$ 540 milhões anuais, uma média de R$ 2.293,00 por gestação.

Em média, 30% 30% das adolescentes engravidam novamente no primeiro ano pós-parto, e entre 25% e 50% no segundo ano pós-parto, tornando ainda mais difícil a reintegração da mãe à escola e ao mercado de trabalho. Além disso, entre as adolescentes que têm filhos, 75,7% não estudam e 57,8% não estudam nem trabalham.

A mortalidade infantil é, em média, quatro vezes maior, quando comparada à de mães com idade acima de 20 anos. O fato se deve, principalmente, ao aumento da prematuridade e do baixo peso ao nascer. Além disso, adolescentes têm têm maior risco de complicações durante a gestação e mortalidade, sendo o parto a principal causa de morte de mulheres jovens entre 15 e 19 anos em países em desenvolvimento.

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