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Domingo de homenagem e denúncia nas areias da Praia da Costa

Foram fincadas 200 cruzes em referência às vítimas da Covid-19 e protesto contra os governos 

Duzentas cruzes foram fincadas nas areias da Praia da Costa, em Vila Velha, na manhã deste domingo (19), em homenagem às mais de 2.000 vítimas da Covid-19 no Espírito Santo. A ação foi realizada pelo Fórum Capixaba em Defesa da Vida das Trabalhadoras e Trabalhadores, composto por 47 entidades, entre sindicatos, centrais, movimentos sociais e coletivos. O ato também denunciou o descaso dos governos estadual e federal diante da pandemia e fez reivindicações, entre elas, abertura de diálogo com a sociedade civil organizada por parte do governo Renato Casagrande (PSB). 

O Fórum reivindica, ainda, a quarentena geral de 30 dias com emprego e renda digna para todos e que o governo garanta subsídios a pequenos comerciantes para evitar demissões e redução salarial. Em carta divulgada na manhã deste domingo (19), os trabalhadores denunciam que a Covid-19 tem maior impacto nos bairros populares, onde o número de mortes é bem maior do que em lugares de poder aquisitivo mais elevado. 

A flexibilização do distanciamento social, segundo o Fórum, é uma política que mata principalmente os mais pobres. “A pandemia afeta a todos indistintamente, mas a possibilidade de tratamento na rede pública de saúde e a consequente morte recaem de forma mais cruel sobre as trabalhadores que já são atacados de diferentes formas por esse governo”, diz a carta. 
O Fórum também aponta as violações de direitos de mulheres e negros, que têm se intensificado durante a pandemia. “Um demonstrativo disso é a crescente subnotificação dos casos de violência contra a mulher no Espírito Santo no período de distanciamento, reflexo da falta de acesso aos mecanismos de denúncia. Reivindicamos acesso aos dados reais do nosso Estado e a garantia de políticas públicas que possam atender às mulheres vítimas de violência”, destaca. 
Quanto aos negros, o Fórum salienta que “outro inequívoco reflexo da brutal desigualdade social e racial é demonstrado através da taxa de letalidade entre a população negra, que é 18% maior do que a da branca”. O Fórum afirma que, segundo pesquisa feita pelo Núcleo de Estudos Afrobrasileiros da Universidade Federal do Espírito Santo (NEAB-Ufes), 70% dos infectados são negros. 
A entidade afirma, ainda, que o governo Bolsonaro favorece o aumento da Covid-19 por meio de ações como o veto ao uso obrigatório das máscaras no comércio, escolas e igrejas, e do uso de R$ 8,6 bilhões do Fundo de Reservas Monetárias.

“Ao invés de salvar vidas, esse dinheiro vai pagar dívida! Segura o dinheiro da saúde e dá trilhões para os bancos. Quer acabar de vez com o INSS e transformá-lo numa Agência Federal. Quer reabrir as agências da previdência no dia três de agosto, para atendimento, também de todos os serviços ofertados pela Delegacia Regional Trabalho. Nenhum respeito com a vida da população e de quem trabalha!”, critica a carta. 

Somos um só coração
Esse sábado (18) também foi de homenagem nas areias da Praia da Costa. Um coração de cocos verdes enfeitados com flores foi feito no local por um grupo chamado Somos um Só Coração, que tem como objetivo criar uma rede de solidariedade entre familiares de vítimas da Covid-19 para, juntos, ajudar uns aos outros a superar o luto.

O Grupo foi criado pelas irmãs Maria Amália Queiroz Bello, Ivana Queiroz Bello e Larissa Queiroz Bello, que no dia 11 de maio perderam a mãe, Dilma Queiroz Bello para a Covid-19. A ação foi a primeira do grupo, que planeja novas atividades de solidariedade.

Créditos: Sousc


Camburi amanhece com cruzes e covas em protesto contra mortes por Covid-19

Movimentos sociais realizaram ato simbólico em homenagem às vítimas e contra abertura do comércio não essencial no Estado


https://www.seculodiario.com.br/saude/camburi-amanhece-com-cruzes-e-covas-em-protesto-contra-mortes

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