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Estado reduz para quatro meses o intervalo para dose de reforço em idosos

Permissão vale a partir desta sexta. Em novembro, poderá ser de três meses, anunciaram Nésio e Reblin

Sesa

É necessário reduzir para até três meses o intervalo para aplicação da dose de reforço dos idosos. A afirmação foi feita pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, na manhã desta quinta-feira (21), junto com o subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin.

A autorização para essa redução será formalizada em resolução da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) publicada ainda nesta quinta, com validade a partir de sexta-feira (22).

No momento, informou, o Espírito Santo tem doses disponíveis para o prazo de quatro meses de intervalo entre a D2 e a D3, e, ao longo do mês de novembro, a expectativa é de que seja possível alcançar o intervalo de três meses, mediante o quantitativo de doses disponibilizado pelo Ministério da Saúde.
“Incluir 90% da população idosa apta para receber a dose de reforço em novembro é a principal medida capaz de combater internações e óbitos entre a população idosa, que não tem a mesma resposta imunológica que a população adulta com menos de 60 anos tem apenas com a D1 e D2”, explicou.
O entendimento se baseia nos dados da pandemia entre agosto e setembro, quando o melhor momento da média móvel de óbitos de 14 dias, entre as pessoas com mais de 60 anos, registrou 4,5 óbitos/dia, e o pior momento desse indicador em setembro foi de 9 óbitos/dia, um aumento de 100%. “Esse crescimento, que também foi registrado em relação às internações, não representa uma nova onda que possa ameaçar a rede assistencial, mas exige medidas sanitárias eficazes para combater essa tendência”, expôs Nésio Fernandes. Daí a decisão por reduzir o intervalo entre a D2 e a D3.
Atualmente, informou o secretário, o Estado tem condições de garantir, além desta antecipação da D3 dos idosos, a vacinação heteróloga da D2 da população que está em atraso e a D3 dos trabalhadores da saúde que já estão com cinco meses desde a D2. “Com avanço da cobertura da D2 e a dose de reforço, temos como retomar a tendência de queda no número de casos, internações e óbitos”.
Nesse sentido, o governo do Estado orienta os municípios para que, nos próximos 15 dias, redimensionem a oferta da multivacinação de modo a privilegiar a imunização contra a Covid-19, nos pontos diurnos e noturnos de vacinação.
A aplicação da dose de reforço para esse público adulto com menos de 60 anos, por sua vez, pode ser iniciada em dezembro, em âmbito nacional, mediante disponibilidade de doses pelo governo federal.
Maior adesão entre os estados
Segundo os dois gestores da Sesa, 95% da população adulta capixaba já foi vacinada com a primeira dose ou dose única, 70% da população adulta já tomou a D2, e 70% dos adolescentes já tomaram a D1. “Caminhamos para sermos o estado brasileiro com a melhor adesão à campanha de vacinação contra a Covid-19”, ressaltou Nésio.

Reblin pontuou que caiu o número de pessoas que não havia tomado sua dose, seja a D1 ou D2, no momento adequado: de 360 mil para 300 mil. E que a adesão apenas dos cerca de 45 mil idosos que integram esse contingente pode fazer subir para 80% a cobertura estadual com a D2.

A expectativa é de que, em novembro, todas as microrregiões capixabas estarão em risco muito baixo, com cor azul no mapa de risco. “É muito pouco provável que em dezembro ainda haja alguma microrregião com risco baixo [verde] ou médio [amarelo]”.
Testagem
Sobre a testagem, Reblin informou que os pontos continuam sendo ampliados em todo o Estado e reforçou a orientação de que cada cidade disponibilize um ponto de testagem RT-PCR por livre demanda, mesmo estando assintomática e sem indicação médica.
“A Sesa também está disponibilizando em pontos de grande fluxo, rodoviária, aeroporto, hospitais estaduais, terminais rodoviários, Universidade Federal do Estado (Ufes), onde também há vacinação, com possibilidade de expandir para Alegre e São Mateus e Institutos Federais, além de unidade móvel em pontos de grande circulação de pessoas, com agendamento prévio. O Crefes em Vila Velha e um ponto em Colatina também devem começar a atender na semana que vem”, elencou o subsecretário.

Os testes de antígenos continuam sendo distribuídos aos municípios, tendo sido enviados 200 mil destes testes recentemente, para abastecer 538 pontos de testagem na atenção básica e especializada.
“Somados ao RT-PCR, temos uma estratégia de testagem em massa e plena para toda a população”, sublinhou Nésio. “Precisamos romper a cadeia de transmissão. Não subestime qualquer sintoma respiratório ou diarreia, dor de cabeça. Pode ser Covid-19. A doença não evolui apenas em casos de perda de olfato e paladar”.

Plataforma Vacina e Confia

A Plataforma Vacina e Confia, informam os gestores, apresentará em breve atualizações a cada dez minutos, sobre o status da vacinação em todos os municípios e todas as microrregiões, de forma a subsidiar a atualização do status no mapa de risco.
Já o perfil dos internados é atualizado a cada quinze dias, nas terças-feiras, com dados até o sábado anterior, no boletim da Sesa publicado no Painel Covid-19.

Fobia de agulhas
A plataforma Vacina e Confia também abriu a possibilidade de fazer um censo das pessoas que tenham tripanofobia (medo extremo de agulhas). Até esta quarta-feira (20), mesmo antes da divulgação do censo, 300 pessoas haviam se cadastrado com esse perfil. “O Sistema de Saúde precisa de adequar a essa demanda”, disse Nésio.

“São pessoas que querem se vacinar, mas têm essa dificuldade e precisam de ajuda”, acentuou Reblin. O objetivo é agrupar essa população para ofertar um apoio adequado que as ajude a serem vacinadas, apesar da fobia. Entre as medidas previstas, estão suporte de psicólogos, orientação para o acompanhamento de familiares ou outras pessoas próximas, e até uso de medicamentos e sedação, quando assim indicado.

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