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Informação científica para a população ‘inundará’ as redes nesta quinta-feira

Campanha “Todos pelas Vacinas” quer preencher lacuna deixada pelo Estado brasileiro e contrapor desinformação

A pandemia da Covid-19 veio acompanhada da expectativa de criação de uma vacina que combatesse a doença, mas também de muitas fake news sobre o tema, que podem atrapalhar o processo de imunização. Para que isso não ocorra, diversas sociedades científicas se uniram para a criação da campanha Todos pelas Vacinas, que será lançada na próxima quinta-feira (21). A epidemiologista e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Ethel Maciel, que integra a iniciativa, conta que a campanha busca explicar de forma simplificada sobre a vacinação e sua importância.

Para isso, já estão disponíveis no site da campanha materiais que podem ser baixados, utilizados e compartilhados pelas pessoas nas mais diversas mídias, como textos, áudios e vídeos. No Portal estão disponíveis podcasts criados pelas organizações parceiras, além de outros materiais, como o e-book “Guia Prático sobre as Vacinas”, filtros para Facebook e Instagram; e uma coletânea de artes no espaço VacinArte, com charges e ilustrações, por exemplo. O internauta consegue baixar, também, logo e artes da campanha. Por meio da iniciativa as pessoas poderão, ainda, tirar dúvidas sobre a vacinação. 

Ethel explica que o dia 21 será o lançamento oficial, quando “irão inundar as redes” com o material da campanha, inclusive com a hashtag #TodosPelasVacinas. A epidemiologista afirma que uma das peculiaridades da vacinação contra a Covid-19 é a ausência de campanhas por parte do poder público, seja ele municipal, estadual ou federal, para informar as pessoas sobre o assunto e estimulá-las a se vacinarem. “As campanhas deveriam começar cerca de duas, três semanas antes do início da vacinação, esclarecendo como vai ser, o que é, qual é a importância”, defende. 
Assim, salienta, a campanha Todos pela Vacina “está cumprindo um papel que o Estado brasileiro não cumpre”. Ela destaca, ainda, que o governo federal, além de não esclarecer sobre a vacinação, acaba desinformando ao espalhar fake news, como a que foi bloqueada pelo Twitter no perfil do Ministério da Saúde, em um post que defendia o tratamento precoce da Covid-19 por meio de cloroquina e outros medicamentos. A rede de fake news sobre a vacinação, de acordo com a professora, pode fazer com que muitos de fato não queiram se vacinar. 
“Isso pode acontecer, infelizmente. Não há má fé de quem consome as mensagens, mas em quem as cria. E essas pessoas têm que ser punidas. Quanto mais conseguirmos informar as pessoas com dados científicos, mais contribuiremos para desmitificar informações que estão sendo espalhadas contra a vacina”, diz Ethel. 

Segundo o Painel Covid, no Espírito Santo já ocorreram 5.565 óbitos por Covid-19, sendo 29 nas últimas 24 horas. Ao todo, são 279.039 casos confirmados da doença. Desses, 1682 foram nas últimas 24 horas. 

Vereadora defende campanha de vacinação
Nessa sexta-feira (15) a vereadora de Vitória, Camila Valadão (PSOL) fez uma indicação para a gestão do Delegado Pazolini (Republicanos) de realização de uma campanha de mobilização e informação sobre os benefícios da vacina. “Com conhecimento sobre o imunizante e com a vacinação da população conseguiremos salvar vidas”, diz em suas redes sociais. A vereadora afirma que é papel do poder público esclarecer a população sobre a importância da vacinação como forma de combater as fake news sobre o tema

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