Domingo, 05 Mai 2024

Menino de 11 anos vítima de atentado em Aracruz recebe alta

hospital_infantil_sesa Sesa

O menino de 11 anos que foi uma das vítimas dos ataques de um adolescente de 16 anos a uma escola de Aracruz, norte do Estado, recebeu alta nesse sábado (3). Ele estava internado na enfermaria do Pronto-Socorro Dra. Milena Gotardi, no Hospital Estadual Nossa Senhora da Glória, em Vitória. Outras três vítimas, uma estudante e duas professoras, permanecem internadas em hospitais da Grande Vitória.

Uma das professoras tem 51 anos e se encontra na enfermaria do Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves (HEJSN), na Serra, com estado de saúde estável. A outra tem 37 anos, está nesse mesmo hospital, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em grave estado geral. A estudante, uma menina de 14 anos, apresenta estado de saúde estável, foi extubada e está na UTI do Pronto Socorro Dra. Milena Gotardi, no Hospital Estadual Nossa Senhora da Glória.

A Sesa não divulga os nomes dos internados, "em observância à Lei Geral de Proteção de Dados, bem como ao princípio da liberdade e da privacidade".

O atentado do último dia 25 já fez quatro vítimas fatais: Selena Sagrillo, de 12 anos, e as professoras Maria Penha Pereira de Melo Banhos, 48 anos, Cybelle Passos Pereira Lara, 45 anos, e Flávia Amboss Merçom, de 38 anos.

Segunda alta desta semana
Sesa

O menino de 11 anos foi a segunda vítima dos ataques a receber alta nesta semana. Nessa sexta-feira (2), a professora de história da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Primo Bitti, Sandra Guimarães, deixou o Hospital Estadual de Urgência e Emergência São Lucas (HEUE), em Vitória, após levar sete tiros nas pernas durante o atentado praticado pelo adolescente em Aracruz. Sandra gravou um vídeo no qual agradeceu o trabalho prestado por todos profissionais da saúde que a atenderam, e também a amigos e familiares. Sua volta pata casa foi comemorada pelos trabalhadores do hospital.

O crime

Os ataques foram executados por volta das 9h30, primeiramente contra a EEEFM Primo Bitti, em Coqueiral de Aracruz, onde o atirador havia estudado até junho deste ano. Após arrombar o cadeado, ele invadiu a escola e acessou a sala dos professores e depois outras salas. Em seguida, entrou em um carro Renault Duster dourado, com placas tampadas, para outra escola do bairro, de gestão privada, o Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC), onde efetuou mais disparos, deixando outras vítimas, fugindo em seguida com o mesmo veículo.

Ele foi apreendido na tarde do mesmo dia, em uma das casas da família no município, e encaminhado para o Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases). O adolescente responderá por "ato infracional análogo aos crimes de nove tentativas de homicídio qualificada por motivo fútil, que gerou perigoso comum e com impossibilidade de defesa da vítima e, quatro homicídios qualificados por motivo fútil, que gerou perigo comum e com impossibilidade de defesa da vítima".

Pai Tenente

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) também investiga quais as possíveis contribuições do pai do atirador, um tenente da Polícia Militar, para que o crime fosse consumado, e quais as relações do adolescente de 16 anos com células nazistas e fascistas que se expandem pelo país. Um dos pontos da investigação é descobrir se o pai ensinou ao filho a dirigir e atirar. Nessa segunda-feira (28), a Corregedoria da Polícia Militar instaurou um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) contra o pai do adolescente, que foi afastado das atividades operacionais e vai permanecer nas administrativas no decorrer do processo.

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