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Mortalidade em idosos com três doses é 254 vezes menor do que com D2

Entre as crianças, há 40 mil doses de vacina em atraso. ES faz mutirão de imunização pediátrica sexta e sábado

A mortalidade entre idosos com três doses de vacina contra a Covid-19 é 256 vezes menor do que na população da mesma faixa etária com duas doses. O dado foi apresentado pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, em coletiva de imprensa realizada na tarde desta segunda-feira (7) junto ao subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin.

“É extraordinário o efeito da terceira dose no estímulo de imunidade da população idosa. É correspondente ao estímulo produzido por duas doses na população adulta”, comparou o secretário. Os idosos, prosseguiu, somam 77% dos 709 primeiros óbitos que ocorreram no início da quarta onda da pandemia, nos meses de janeiro e fevereiro deste ano.

Maioria entre os óbitos, os idosos representam metade das 6,5 mil internações hospitalares registradas durante a quarta onda. Os dados, salientou Nésio Fernandes, mostram mais uma vez que foi assertiva a decisão do governo do Estado de reduzir para 90 dias o intervalo para aplicação da D3 nesse público. “Protegeu a população idosas durante a quarta onda”, afirmou. 

A análise feita pela Sesa sobre essas primeiras 709 mortes mostram ainda que 73% dos óbitos ocorreram em população não vacinada ou com esquema vacinal incompleto. Apenas 43% das mortes foram em pessoas que apresentavam alguma comorbidade. 

Nesse período, ocorreram 11 óbitos de crianças devido à Covid-19, 73% deles em bebês com até um ano de idade. 

Passaporte vacinal

Sobre a vacinação, os gestores afirmaram que 75% da população adulta capixaba que está com esquema de vacinação atrasado possui entre 18 e 39 anos. 

“O passaporte vacinal constitui instrumento para disciplinar a vacinação. Vamos continuar cobrando que os estabelecimentos exijam o uso da máscara por parte dos clientes”, sublinhou. 

O subsecretário Reblin informou que 63% dos estabelecimentos visitados pela Sesa nos dois últimos meses já estavam cumprindo a exigência do passaporte vacinal, conforme recomendado pelo governo do Estado. “Muito significativa a adesão até o momento”, comemorou. 

Mutirão pediátrico

Entre as crianças, destacou Reblin, “já há 40 mil doses da D2 atrasadas”. Para acelerar essa cobertura pediátrica, o Estado vai realizar, juntamente com os municípios, um mutirão de imunização nesta sexta-feira (11) e sábado (12). A meta é aplicar 65 mil doses em crianças com idade entre cinco e onze anos. 

“Será um mutirão onde iremos combater as informações falsas e as fake news sobre a vacinação pediátrica e ampliar a proteção desse público”, convocou o secretário. 

Absenteísmo 

Os gestores destacaram ainda que o Espírito Santo consolida, neste momento, uma queda da tríade dos indicadores que permitem avaliar a evolução da pandemia: casos, internações e óbitos. 

“O Estado não colapsou em nenhum momento na quarta onda. Todos que precisaram de leitos hospitalares foram atendidos. E poderíamos ter ampliado mais a rede assistencial, chegando a mil leitos, mas não foi necessário”, disse Nésio Fernandes, destacando ainda que fomos o estado brasileiro que mais testou e apresentou a melhor cobertura vacinal para a segunda e terceira dose de idosos. 

O principal desafio enfrentado pela gestão de Renato Casagrande, apontou, foi o grande absenteísmo de servidores, sendo afastados um número de trabalhadores simultaneamente, o que “afetou todos os setores da economia capixaba”, a exemplo do que ocorreu em outras partes do mundo onde a presença da Ômicron é predominante. 

Quinta onda

Nésio Fernandes lembrou que “a cada 90, 120 dias, ao longo dos últimos dois anos, a pandemia apresentou características que surpreenderam os cientistas, os sistemas de saúde e governos de todo o mundo”. 

É baixa a possiblidade de uma quinta expansão ter características semelhantes à da quarta onda ou de picos anteriores”, pontou. “No entanto, o vírus continua sua transmissão. A pandemia não acabou. Necessitamos ter uma queda sustentada da transmissão estabilizada em níveis muito baixos em período importante de tempo e cobertura vacinal significativa para adotar novas flexibilizações”. 

O secretário afirmou ser bem provável que no mês de abril possa haver uma retomada significativa de permissão para eventos de maior proporção no Estado e no Brasil. “Mas é preciso que em março haja uma grande ampliação da vacinação”, pediu. A média de vacinação no Espírito Santo, durante essa quarta onda, foi de vinte mil pessoas por dia.

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