Segunda, 06 Mai 2024

Regimento de Polícia Montada volta a recolher cavalos das ruas por ocorrência de mormo

Regimento de Polícia Montada volta a recolher cavalos das ruas por ocorrência de mormo
O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) confirmou 11 casos da zoonose mormo em cavalos do Regimento de Polícia Montada (RPMont). Por isso, todos os cavalos do regimento foram colocados em quarentena e tirados do policiamento de rua. O mesmo caso aconteceu em 2013, quando a Polícia Militar adquiriu cavalos contaminados com a doença em um plantel comprado no estado de Pernambuco. Os casos ocorridos em 2015 podem ter relação com os de 2013. 
 
Os animais com a contaminação confirmada foram sacrificados e outros 65 aguardam resultados, o que pode aumentar o número de animais contaminados e, em consequência, o de sacrifícios.
 
Os sintomas mais comuns da doença são a presença de nódulos nas mucosas nasais, nos pulmões, gânglios linfáticos, catarro e pneumonia. A forma aguda é caracterizada por febre de 42º C, fraqueza e prostração; pústulas na mucosa nasal que se transformam em úlceras profundas com uma secreção, inicialmente amarelada e depois sanguinolenta; intumescimento ganglionar e dispneia. A forma crônica apresenta-se na pele, fossas nasais, laringe, traqueia, pulmões, porém, de evolução mais lenta, podendo apresentar também localização cutânea semelhante à forma aguda, só que mais branda.  A doença pode ser transmitida para seres humanos
 
No Estado, em 2014, foram confirmados dois casos da zoonose e, em 2013 foram 14 contaminações. 
 
Em fevereiro de 2013, a Polícia Militar adquiriu um plantel de cavalos da Coudelaria Souza Leão, nome fantasia da CSL Produção Rural Ltda, localizada no Recife, em Pernambuco, chegando em março daquele ano ao Estado com uma égua apresentando sinais típicos da doença – quadro de doença respiratória aguda. Os animais tinham Guia de Trânsito Animal (GTA) emitida pela Agência de Defesa Agropecuária de Pernambuco (Adagro/PE) dentro do prazo de validade.
 
Para os sintomas que a égua apresentava, foi sugerida suspeita de pneumonia aguda em razão da viagem. A Coudelaria foi acionada e arcou com 12 dias de tratamento com antibióticos e os sintomas desapareceram.
 
No entanto, uma égua nascida no RPMont passou a apresentar os mesmos sintomas no mês seguinte à chegada do plantel de Pernambuco, o que provocou o acionamento do Idaf, que comprovou a ocorrência de mormo após exames feitos nos animais. 
 
Na ocasião da conclusão da sindicância, seis animais do regimento já haviam sido sacrificados, sendo quatro do plantel de Pernambuco e dois do próprio RPMont. Com a notícia de que outros 12 animais oriundos de Pernambuco poderiam ter sido eutanasiados, o número subiu para 16. 
 
A médica veterinária do Idaf, Heloísa Helena Magalhães Soares Monteiro, prestou informações à comissão de sindicância e salientou que há fortes indícios de que a origem do mormo que acometeu os equinos no Estado seja a Coudelaria Souza Leão. Ela explicou que o caso ocorreu após a entrada de animais de Pernambuco no RPMont e que o tratamento da primeira égua a apresentar sintomas pode ter levado ao estado de portador assintomático, ou seja, o animal não manifesta sintomas aparentes da doença, mas continua infectado e eliminando a bactéria transmissora. 
 
Ela salientou, ainda, que, em torno de 23 dias após a chegada dos animais de Pernambuco, a égua Jornada, nascida e criada no RPMont, apresentou os primeiros sinais compatíveis com o mormo. Este período é compatível com o período de encubação da doença.
 
O valor do contrato entre o Estado e a empresa era de R$ 822,2 mil, sendo que a empresa venceu os dois lotes da licitação para o fornecimento de equinos, o primeiro no valor unitário de R$ 19 mil e o segundo de R$ 21,7 mil para a aquisição de até 35 equinos e sete éguas matrizes, para serem usados no policiamento ostensivo e para fins de reprodução. 

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