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Seis municípios do interior do Estado estão em risco alto para Covid-19

Casagrande alertou para “situação mais descontrolada” no interior, “retrocesso em relação à pandemia” e sobrecarga do sistema de saúde 

O Mapa de Risco do Espírito Santo que irá vigorar a partir da próxima segunda-feira (14) sairá de um município com risco alto para seis. Nessa semana, somente Mantenópolis, no norte do estado, fazia parte desse grupo. Agora juntam-se a ele Ibiraçu, Ecoporanga e Marilândia, também no norte; Anchieta, no sul; e Domingos Martins, na região serrana, todos do interior. “A situação está mais descontrolada no interior”, disse o governador Renato Casagrande (PSB) nesta sexta-feira (11), durante a apresentação do mapa, que vale até o próximo domingo (20).

Divulgação

De acordo com ele, a média móvel no Espírito Santo foi de 20 óbitos por dia nos últimos 14 dias, sendo que há um mês esse número era de 8,9. A taxa de transmissão (RT) no Estado é de 1,43. No interior é de 1,71. Na Grande Vitória, 1,03. Os municípios com risco moderado passaram de 49 para 48 se comparado com o mapa atual. Os de risco baixo, de 28 para 24.

Os números, como alertou o governador, representam o “retrocesso em relação à pandemia no Estado, com pressão sob o sistema de saúde público e privado. A taxa de ocupação de leitos está em 61%, ou seja, são 436 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupados, sem contar com os privados, que ele não citou número, mas disse que “é grave”. Casagrande destacou que o Espírito Santo já chegou a ter um número bem menor de ocupação de leitos de UTI, que foi 287. Com a atual situação, o governo avalia novamente suspender as cirurgias eletivas.

Os municípios com risco moderado são Afonso Cláudio, Água Doce do Norte, Águia Branca, Alegre, Alfredo Chaves, Alto Rio Novo, Aracruz, Atílio Vivácqua, Baixo Guandu, Barra de São Francisco, Bom Jesus do Norte, Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Colatina, Conceição da Barra, Divino de São Lourenço, Dores do Rio Preto, Governador Lindenberg, Guaçuí, Guarapari, Ibatiba, Ibitirama, Iconha, Irupi, Itaguaçu, Itarana, Iúna, Linhares, Mimoso do Sul, Mucurici, Muniz Freire, Muqui, Nova Venécia, Pancas, Piúma, Rio Bananal, Santa Teresa, São Domingos do Norte, São Mateus, São Roque do Canaã, Serra, Vargem Alta, Venda Nova do Imigrante, Viana, Vila Valério, Vila Velha e Vitória.

Os de risco baixo são Apiacá, Boa Esperança, Brejetuba, Conceição do Castelo, Fundão, Itapemirim, Jaguaré, Jerônimo Monteiro, João Neiva, Laranja da Terra, Marataízes, Marechal Floriano, Montanha, Pedro Canário, Pinheiros, Ponto Belo, Presidente Kennedy, Rio Novo do Sul, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, São Gabriel da Palha, São José do Calçado, Sooretama e Vila Pavão.

Durante a apresentação do mapa, o governador insistiu na ideia de que não se deve fazer restrições econômicas como as do início da pandemia, tratando a responsabilidade com o controle da pandemia como algo meramente individual. “Depende da empatia, do controle individual de cada um. É preciso mudar isso [as restrições econômicas] para a responsabilidade de cada um, de cada comerciante, de cada cliente, seguindo os protocolos sanitários”, disse Casagrande.

Em 24 horas foram registrados 29 óbitos por Covid-19, saldo de 4.514 casos fatais para 4.543. Nesse mesmo período o número de pacientes que testaram positivo foi 2.076.

Casagrande ratificou que formalizou uma consulta ao Instituto Butantan sobre a disponibilidade de 440 mil doses de vacina para imunização dos trabalhadores da Saúde e da Segurança Pública. Informou, ainda, que o Instituto irá disponibilizar 4 milhões de doses para todo o Brasil caso não haja um plano de imunização nacional por parte do Governo Federal e que há possibilidade de o Espírito Santo comprar mais doses. Entretanto, voltou a defender que o ideal é a centralização do Ministério da Saúde na aquisição e distribuição de vacinas.

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