Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, os números de transmissão do vírus HIV nos últimos estão estáveis no Estado. Ainda assim, o órgão aponta que mais de 9 mil casos foram registrados desde 1985, sendo que destes, 63% são do sexo masculino. Nos últimos dez anos, o número de jovens (entre 15 e 24 anos) passou de 5,4% para 11,8%.
Para Sandra Fagundes, coordenadora do programa estadual de doenças sexualmente transmissíveis, uma das razões para essa estatística é que os jovens tem sido menos cuidadosos com relação à doença. “O que temos visto são jovens que não vivenciaram o fantasma da Aids e que acham que ela é apenas uma doença crônica. E também vemos muitos jovens se contaminando porque fizeram sexo sem preservativo por diversos motivos”, explica.
Apesar da estabilidade nos números, Fagundes reforça a necessidade de se atentar a doença, que continua sendo um problema de saúde pública. Segundo a secretaria, no ano passado a taxa de detecção da doença na Região Metropolitana de Saúde ficou maior que a do Estado. Foram 21,8 mil casos novos para cada 100 mil habitantes na Grande Vitória, conta 18,3 no Espírito Santo.
A gestora ainda afirma que 83% dos casos ainda ocorrem por transmissão sexual, o que reforça a necessidade do uso de preservativo nas relações. Já a transmissão vertical do vírus do HIV – ou seja, de mãe para filho – é de 0,7 a cada mil nascidos vivos no ano de 2013.
Tratamento
O número de pessoas que estão recebendo tratamento para a Aids cresceram 86% nos últimos cinco anos, no Espírito Santo. Hoje, mais de 5 mil pacientes recebem medicamentos antirretrovirais e fazer tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo a Secretaria de Saúde essa ampliação do atendimento foi possível através de uma parceria com os municípios, que deu mais velocidade a detecção da doença através da realização de testes rápidos em todo o Estado.
“Em 2013, o Governo do Estado concluiu a capacitação de todas as unidades básicas de saúde dos 78 municípios capixabas para a realização dos testes rápidos, que permitiu melhorar o diagnóstico precoce e, consequentemente, reduzir a mortalidade”, afirmou a coordenadora.