De acordo com a denúncia do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado (Sindsaúde-ES), a falta de motoristas faz com que os pacientes que devam ser transferidos via Central de Vagas permaneçam nos corredores dos hospitais à espera de remoção e acabam por perder a oportunidade de transferência, já que o tempo limite para a ocupação da vaga cedida é de 24 horas.
Exames com dia e hora marcados estão deixando de ser realizados por falta de transporte de pacientes internados. No caso do Hospital Antônio Bezerra de Faria, em Vila Velha, por exemplo, há quatro ambulâncias para atender à unidade, mas apenas um motorista por plantão.
Os próprios motoristas estão transportando até seis passageiros por viagem para tentar na tentativa de diminuir a superlotação ou para que o paciente não perca a consulta e a vaga. No entanto, esse transporte é arriscado, já que alguns dos pacientes têm doenças contagiosas e outros têm imunidade baixa.
O Sindsaúde considera que o que vem ocorrendo nos hospitais do Estado é uma atrocidade com os usuários e na gestão hospitalar para depois justificar a privatização dos serviços de saúde e a entrega a empresários que só visam o lucro.