O estudo tem como base o ano de 2014. De acordo com o Anuário, o ano registrou 1.605 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), o que representa taxa de 41,3 mortes por grupo de 100 mil habitantes. No entanto, entre 2013 e 2014 houve a redução de apenas 12 mortes, representando percentual de queda de 1,9%. Em 2013 foram registradas 1617 CVLIs, e taxa de 42,1 mortes por 100 mil. Os CVLI englobam as ocorrências de homicídio doloso, latrocínio e lesão corporal seguida de morte.
Entre os anos de 2012 e 2013 a queda nas taxas de mortes violentas foi mais acentuada, de 12%, saindo de 48 por 100 mil em 2012 para 42 em 2013. Esses dados mostram que, embora o Estado registre anualmente a queda nas taxas, este decréscimo ainda é inconsistente, com os índices flutuando ano a ano.
Dentre os CVLI, destaca-se o aumento no número de latrocínios, que é o roubo seguido de morte. Em 2013 foram registrados 35 casos no Estado, mas em 2014 o número chegou a 51 latrocínios. Isso mostra um aumento naquele tipo de crime que não está relacionado ao tráfico de drogas ou a motivos banais, e sim àquela violência que pretende exclusivamente tirar o patrimônio.
O Anuário também traz o total de mortes violentas registradas nos anos de 2013 e 2014, incluindo aí as mortes decorrentes de intervenção policial. No total, foram 1.640 mortes registradas em 2014, apenas duas a menos que em 2013, que fechou em 1.642. Tecnicamente, é possível afirmar que não houve redução nos índices de mortes violentas entre 2013 e 2014, já que a taxa saiu de 42,8 em 2013 para 42,2 em 2014, ou seja, o percentual de queda foi de 1,9%.
No ranking nacional de homicídios o Estado ocupa o oitavo lugar, no entanto, sem reduzir a taxa de homicídios. Registraram taxas mais altas os estados de Alagoas, Ceara, Rio Grande do Norte, Sergipe, Pará, Goiás e Mato Grosso.
Em todo o País, foram mortas 58.559 pessoas de maneira intencional, o que representa um aumento de 4,8% em relação a 2013, quando se registrou 55.878 casos.
O levantamento foi realizado a partir de requisições às secretariais estaduais de Segurança Pública ou Defesa Social com base na Lei de Acesso à Informação (LAI) e também por meio de cruzamento de informações disponibilizadas pelas mesmas secretarias em seus websites. Este ano, por não ter recebido todos os dados solicitados antes do fechamento da publicação, o FBSP optou por não utilizar os dados do Sistema Nacional de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas (Sinesp), do Ministério da Justiça.
