Fundação vai iniciar pagamento de R$ 800 no vale-alimentação a partir de outubro

A paralisação marcada para começar nesta segunda-feira (1) pelos trabalhadores da Fundação Inova foi suspensa. A categoria aceitou a contraproposta feita pela Fundação, que em vez de dar início ao pagamento de R$ 800,00 somente em janeiro de 2026, propôs fazer isso a partir de outubro último. A diferença no valor referente aos meses de outubro e novembro será paga em dezembro.
Os equipamentos administrados pela Inova são os hospitais Central, em Vitória; Antônio Bezerra de Faria, em Vila Velha; Dório Silva, na Serra; e Silvio Avidos, em Colatina, noroeste do Estado. Caso houvesse paralisação, ela abarcaria mais de 1 mil pessoas, tanto da área assistencial, ou seja, técnicos e enfermeiros, quanto da administrativa.
O vale-alimentação era no valor de R$ 600,00. A Inova tinha proposto pagar R$ 700,00 a partir de outubro, aumentando para R$ 800,00, valor recebido pelos servidores públicos estaduais, somente em janeiro. Contudo, a categoria reivindicava que o valor de R$ 700,00 deveria ser retroativo ao início das negociações, em maio deste ano, a exemplo do que é feito com o reajuste salarial de 5,31%, também conquistado no acordo.
No que diz respeito aos trabalhadores desligados da Fundação entre maio e setembro de 2025, será calculada e paga e diferença de R$ 100,00 por mês trabalhado nesse período, sendo o pagamento efetivado em janeiro de 2026.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Espírito Santo (Sindsaúde/ES), Geiza Pinheiro, afirma que a categoria considera a contraproposta uma vitória. “Se não fosse a pressão da categoria e do sindicato, a Inova teria dado como algo vencido”.
De acordo com ela, os trabalhadores deixaram claro que não aceitam que o vale-alimentação volte a ser menor do que o valor recebido pelos servidores estaduais, portanto, deve sempre acompanhar o reajuste dado.
A Fundação Inova conta com trabalhadores de regime efetivo com carteira assinada, portanto, celetistas, pagos com recurso público do Governo do Estado. Assim, a entidade defende o tratamento isonômico em relação aos demais servidores estaduais. Por isso, outra reivindicação é de que os trabalhadores da Fundação também recebam o abono de R$ 1,2 mil que será pago pela gestão de Renato Casagrande (PSB) na folha de dezembro. O sindicato já oficiou o Governo do Estado sobre o pleito, mas ainda não obteve resposta.

