Terça, 16 Abril 2024

Acampados no Palácio Anchieta, servidores da saúde ameaçam fazer greve

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Leonardo Sá

Trabalhadores da saúde estão acampados em frente ao Palácio Anchieta, no Centro de Vitória, desde a manhã desta quarta-feira (24), e prometem não sair enquanto não forem recebidos pelo governador Renato Casagrande (PSB). Caso o gestor não abra diálogo com as categorias da área, eles não descartam a possibilidade de fazer greve, conforme informou a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde no Espírito Santo (Sindisaúde), Geiza Pinheiro.

Representantes dos trabalhadores chegaram a ser recebidos pela assessora especial do governador, Denisia Dias Batista, que se comprometeu a marcar uma agenda entre eles e Casagrande. "Se não houver diálogo, amanhã [quinta, 25] vamos rodar a porta dos hospitais, colocar ônibus e trazer os trabalhadores para cá. Se a saúde tiver que dormir aqui hoje, isso vai acontecer. Estamos preparados para ficar", diz Geiza.

Foto: Leonardo Sá

As reivindicações dos acampados são a correção da tabela de subsídios e recomposição das perdas salariais. Desde 2015, os trabalhadores da área não recebem nenhuma reposição salarial, o que já soma um acúmulo de perdas de mais de 50%. O sindicato luta também por correção no valor do vale-alimentação, que há mais de 10 anos está em R$ 300,00.

Foto: Leonardo Sá

O bombeiro hidráulico Alcides Rogério, que trabalha no Hospital Estadual de Vila Velha, afirma que por causa do achatamento salarial e da alta na inflação, a qualidade de vida dos trabalhadores vem sendo afetada. 'Para ter melhores condições, alguns trabalhadores, como enfermeiros, têm que ter dois, três empregos, trabalhar 36 horas para descansar 12", diz.

Além de fazer o acampamento, os trabalhadores também protocolaram ofício no Palácio Anchieta. No documento, o sindicato solicita a reunião em caráter de urgência e recorda que foi protocolado ofício em três de novembro deste ano, solicitando abertura de diálogo, mas sem que houvesse resposta por parte da gestão estadual. Também rememora que diversos órgãos estaduais já foram procurados para solicitar que o diálogo acontecesse, como a Subsecretaria de Governo.

Em cinco de novembro, o sindicato fez uma manifestação em frente à Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger), também no Centro de Vitória. Devido ao protesto, representantes do Sindsaúde foram recebidos pelo subsecretário de Administração e Desenvolvimento de Pessoas, Charles Dias de Almeida, que assumiu compromisso de apresentar proposta de correção.
Leonardo Sá

O assunto voltou a ser discutido na última quinta-feira (18), em reunião entre a entidade e o secretário Gestão e Recursos Humanos, Marcelo Calmon Dias. Geiza informa que o gestor falou que não há base técnica para incluir auxiliares administrativos e vigias na correção da tabela de subsídios. Entretanto, o Sindisaúde reivindica a inclusão dessas categorias, além da efetivação da correção para auxiliares de enfermagem, de serviços gerais, de serviços médicos e almoxarife, já que a gestão estadual falou que contemplaria esses cargos, mas ainda não o fez.

A reivindicação, segundo Geiza, é que contemplando esses grupos, seja possível, ainda em 2021, fazer isso com outros cerca de 50 cargos. As negociações para a correção da tabela de subsídio começaram no primeiro mandato do governador Renato Casagrande, entretanto, pararam no do ex-governador Paulo Hartung (sem partido), sendo retomadas em 2019, com a volta de Casagrande à gestão estadual.

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Comentários: 1

Andreia em Quarta, 19 Janeiro 2022 07:07

Ano de eleições, infelizmente é isso promessas promessas e mais promessas, piso salarial da enfermagem parece que vai continuar como mais um projeto entre tantos, infelizmente a enfermagem não tem valore perante as autoridades competentes, essa lei do novo piso salarial já era pra estar em vigor pagando aos profissionais um salário um pouco melhor, com tantas lutas que passamos dês do início da pandemia, perdas de profissionais, sofrimento em ver o sofrimento alheio, o paciente é o amor de alguém é,é tratado assim com amor carinho e humanização, a enfermagem também é o amor de alguém, temos família,filhos que precisam de nós e nos espera ansiosos a cada plantão que saímos pra cuidar de alguém, empatia pelo próximo é o que está faltando.

Ano de eleições, infelizmente é isso promessas promessas e mais promessas, piso salarial da enfermagem parece que vai continuar como mais um projeto entre tantos, infelizmente a enfermagem não tem valore perante as autoridades competentes, essa lei do novo piso salarial já era pra estar em vigor pagando aos profissionais um salário um pouco melhor, com tantas lutas que passamos dês do início da pandemia, perdas de profissionais, sofrimento em ver o sofrimento alheio, o paciente é o amor de alguém é,é tratado assim com amor carinho e humanização, a enfermagem também é o amor de alguém, temos família,filhos que precisam de nós e nos espera ansiosos a cada plantão que saímos pra cuidar de alguém, empatia pelo próximo é o que está faltando.
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