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Vacinação de crianças pode ser iniciada na segunda quinzena de janeiro

Secretário de Saúde teceu críticas aos contrários à imunização infantil, posicionamento que classifica como “paranoia”

A previsão para o início da vacinação das crianças contra a Covid-19 é na segunda quinzena de janeiro, conforme informou o secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, em coletiva de imprensa realizada nessa quarta-feira (5). Porém, não se sabe ainda a quantidade de lotes de vacina da Pfizer que será destinada de imediato, já que a fabricante falou somente que irá disponibilizar 20 milhões de doses no primeiro trimestre.

O gestor destacou a importância da imunização infantil e alertou aos responsáveis que evitem colocar as crianças em situação de risco, como nas aglomerações, além de não subestimar os sintomas. “A vacina não é experimental, tem segurança, eficácia, capacidade de produzir anticorpos nas crianças de cinco a 11 anos”, disse, tecendo críticas aos que se manifestam contra a imunização, o que classificou como “paranoia” de alguns grupos, como os de extrema direita, “que vêm fragilizando a confiança da população nas vacinas”.

Para Nésio, tratam-se de “polêmicas desnecessárias”, além de considerar “inoportuna” a consulta pública do Ministério da Saúde sobre a vacinação em crianças. O gestor recordou que, em audiência pública promovida pelo Ministério da Saúde na tarde dessa terça-feira (4), os secretários estaduais de Saúde ratificaram suas posições de não exigir prescrição médica para vacinar as crianças.
O posicionamento foi feito pelo próprio Nésio, que participou da atividade como representante do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass), do qual é vice-presidente. O secretário destacou ainda, durante a coletiva, que “o grande prejuízo na vacinação das crianças” não se deu pela autorização tardia da imunização com a Pfizer em pessoas de cinco a 11 anos, mas pela não autorização da Coronavac no público infantil, inclusive, a partir de três anos.
A Coronavac, informa Nésio, tem sido aplicado nas crianças em outros países e tem disponibilidade em todo o Brasil. “Aguardamos com ansiedade que a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] possa reconhecer os dados de eficácia do Butantan e da Sinovac para aplicação dos imunizantes”. Para o secretário, se em setembro ou outubro de 2021 já houvesse esse reconhecimento da Anvisa, “estaríamos em uma situação mais confortável para enfrentar a variante Ômicron, que vem apresentando em todo o mundo comportamento diferenciado nas idades pediátricas”.
Influenza
A epidemia de Influenza também foi discutida na coletiva de imprensa. Acredita-se, segundo Nésio, que em virtude das aglomerações das festas de fim de ano a doença possa migrar para municípios do interior, principalmente no sul. As cidades capixabas terão que incrementar a oferta de Tamiflu (Oseltamivir). Já chegaram 100 mil comprimidos e a gestão de Renato Casagrande (PSB) solicitou mais 300 mil para o Ministério da Saúde.
Entretanto, alerta o secretário, é preciso que o medicamento seja utilizado pelo seu público alvo: gestantes, idosos, crianças abaixo de cinco anos e pessoas com as comorbidades indicadas, pois havendo aquisição indiscriminada pode faltar para quem de fato precisa.
Epidemia de Dengue
Também foi feito alerta sobre a possibilidade de epidemia de Dengue no primeiro quadrimestre deste ano, uma vez que, desde 1995, ela acontece no ciclo de três a cinco anos, e a última foi em 2018. Nésio destaca que, caso ocorra, é preciso tomar as medidas necessárias, como evitar água parada e observar os sintomas.

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