Vitória decreta situação de emergência em função da epidemia de zika

Vitória vai decretar situação de emergência em função da epidemia de zika vírus, dengue e chikungunya, doenças virais transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. O decreto vai ser publicado no Diário Oficial desta quinta-feira (2). O município já registrou 169 casos da doença, sendo que seis gestantes estão sendo monitoradas.



O zika é responsável pela ocorrência de microcefalia em bebês, que já vem sendo tratada como epidemia no Nordeste do País. Na Capital, os bairros com maior incidência do zika são Bonfim, com 25 casos; Bairro da Penha, com 23 casos; Itararé, que teve 14; Santo Antônio, também com 14; e Jesus de Nazareth, com oito casos registrados.



O combate em Vitória vai ter envolvimento de soldados do Exército e de equipes da Secretaria Municipal de Saúde (Semus). As ações iniciam no próximo domingo (6) nos bairros da Penha, Bonfim e Itararé, locais com maior número de casos.



Em todo o Estado, foram notificados 185 casos, sendo que cinco desses foram confirmados laboratorialmente (quatro em Vitória e um em Vila Velha). Além disso, até esta terça-feira (1), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) recebeu notificação de três bebês nascidos com microcefalia – em Colatina, na região noroeste, Serra e Cariacica – dez grávidas com doença exantemática (manchas vermelhas na pele) e oito gestantes com bebês com microcefalia.



O vetor de transmissão da doença é o mesmo da dengue e da febre chikungunya, mas, no caso do zika, os sintomas são mais amenos em relação à dengue podem incluir febre baixa, olhos vermelhos sem secreção e sem coceira, dores nas articulações e erupção cutânea com pontos brancos e vermelhos, além de dores musculares, dor de cabeça e dor nas costas.



O período de incubação do vírus é de aproximadamente quatro dias e os sinais e sintomas podem durar até sete dias.