A nova vistoria da entidade constatou que falta manutenção nos equipamentos, há funcionários da prefeitura fazendo serviços de policiais e faltam materiais de trabalho.
As macas do SML estão sem rodas, o exaustor não funciona por falta de manutenção e as geladeiras que guardam os corpos estão lotadas, o que obriga os policiais a empilharem os corpos para ganhar espaço.
Além disso, faltam mesas de necropsia e os policiais improvisam apoios de cabeça com pedaços de madeira e lajotas. No momento, há apenas três mesas de necropsia aptas para uso, sendo que uma delas foi doada. A precariedade se estende aos materiais de trabalho necessários para o desempenho das funções, já que há oito anos o governo não envia botas para os policiais que fazem a necropsia, também não existe sala de descontaminação para que os policiais façam a higienização antes e depois da realização dos trabalhos.
No SML há dois extintores vencidos e as lâmpadas não são liberadas pela Polícia Civil, ou seja, os policiais têm de se deslocar a Vitória para buscar lâmpadas o pagam do próprio bolso por elas.
No local atuam 29 funcionários, sendo 10 policiais civis e 19 servidores da prefeitura de Linhares. Um deles, um gari, dirige o rabecão do SML, em desvio de função, já que só pode ser exercida por quem tem habilitação nas categorias D e E. Além disso, um policial deveria dirigir a viatura, por isso, essa situação demonstra usurpação de função.
O Serviço Médico Legal também não tem rede de esgoto, e sim sistema de fossa, que há um ano não passa por manutenção, o que faz com que o esgoto retorne provocando mau cheiro. A água usada para lavar os corpos também escorre para a fossa e transborda nos banheiros.