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Estudo mostra que o Estado é um dos mais armados do País

O Estado ficou classificado como um dos mais violentos do País no estudo do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea). O levantamento, que divulgou o Mapa das Armas de Fogo nas Microrregiões Brasileiras nessa segunda-feira (1), mostra o Espírito Santo como um dos Estados mais armados do País, consequentemente um dos mais violentoas. A microrregião de Vitória – composta pelos municípios de Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra e Viana – ficou em 9° lugar no ranking do Ipea de microrregiões mais armadas. 

 
Não por acaso, de acordo com o mesmo estudo, a microrregião de Vitória também é a quinta mais violenta do País, com 71,8 homicídios por grupo de 100 mil habitantes. 
 
O Espírito Santo é o Estado mais violento da região Sudeste, segundo o estudo, já que os estados que ficaram na frente são todos das regiões Norte e Nordeste. Durante a apresentação do estudo o pesquisador Daniel Cerqueira, diretor de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia do Ipea, alertou que a difusão da arma de fogo contribui para o aumento da taxa de homicídios nas localidades. Ele lembrou que o aumento de 1% de armas de fogo aumenta em 2% a taxa de homicídios, segundo estimativas do Ipea. 
 
Também de acordo com o Mapa da Violência 2013 – Mortes Matadas por Arma de Fogo –  o Espírito Santo é o segundo estado do País em homicídios por armas de fogo, com 39,4 mortes por 100 mil. A taxa é a segunda mais alta do País. Os outros estados da Região Sudeste apresentaram taxas bem inferiores às do Espírito Santo. Minas Gerais registrou 13,4 mortes por 100; Rio de Janeiro, 26,4 e São Paulo, 9,3 homicídios por 100 mil. 
 
A taxa abaixo de 10 registrada em São Paulo, aliás, está dentre as menores do País e, segundo o Mapa, tem caído de forma acelerada. Também está abaixo do índice considerado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como violência epidêmica, que é de 10 mortes por 100 mil. 
 
Os dados do Mapa da Violência 2013 levam em consideração as mortes por arma de fogo ocorridas entre os anos de 2000 e 2010 e mostram que, além de não haver uma tendência de queda nas mortes no Estado,  a média das taxas de crimes por arma de fogo nos dez anos chega a 42,16 mortes por 100 mil, o que é praticamente o dobro da média nacional, que ficou em 22,75. 

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