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Peritos retomam manifestações de rua na próxima segunda-feira

Categoria cobra compromisso firmado por Casagrande de alinhar os salários à média nacional

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PSB

Os peritos do Estado realizarão uma manifestação na próxima segunda-feira (29) contra a desvalorização da categoria. A concentração será ao meio-dia, em frente ao Departamento Médico Legal (DML), no Barro Vermelho, em Vitória. Às 13h, os manifestantes, com faixas e cartazes, seguem rumo à Assembleia Legislativa. Eles se queixam que o governador Renato Casagrande (PSB), no segundo turno das últimas eleições de 2022, prometeu alinhar o salário da Perícia à média nacional, mas não o fez.

Uma das preocupações, aponta o presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais do Espírito Santo (Sindiperitos), Tadeu Nicoletti, é que outubro já vai começar, portanto, virá o recesso de fim de ano, dificultando que o debate avance ainda em 2025. O próximo ano, recorda, é de eleições, sendo que o governador é pré-candidato ao Senado, portanto, deixará o governo em abril para disputar o cargo.

“Nada anda, o tempo passa. O prometido não é cumprido, que é tirar a Perícia do último salário do país. A Perícia está decepcionada. O governador deu várias entrevistas dizendo que chegaríamos à média nacional, mas até agora não chegamos a um denominador comum. Não há explicação lógica para que o governador faça isso com a Perícia capixaba”, diz Tadeu.

O dirigente sindical recorda que a categoria apoiou Casagrande nas eleições. “Os peritos botaram a cara na rua para defender, acreditavam que a visão sobre a Perícia seria uma, mas o que ele mostrou foi outra, uma política de massacre aos peritos”, critica. Ele aponta que a situação contradiz o discurso da gestão estadual de que tem se empenhado na promoção da segurança pública. Para Tadeu, ao não atender às reivindicações dos peritos, o Governo do Estado faz uma “política do pau de arara, do prende para depois investigar”.

Em julho, a Casa Civil e a Secretaria Estadual de Gestão e Recursos Humanos (Seger) propuseram à categoria um índice de 8% de reajuste salarial, considerado “medíocre” pelos trabalhadores. Segundo Tadeu, o índice “continua afundando a Perícia no último salário do país”, e “está em desacordo com o compromisso que o governador assumiu”. Para ao menos se aproximar da média nacional, os peritos chegaram a apresentar uma proposta de aumentar o salário gradativamente, em quatro vezes de R$ 1,6 mil, sendo uma vez a cada seis meses, mas não houve êxito.

Os deputados estaduais, capitaneados pela comissão da Assembleia Legislativa criada para discutir o estatuto e a tabela de subsídios da Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES), encaminharam, em agosto, uma indicação Casagrande, com o objetivo de instituir, na carreira dos peritos oficiais de natureza criminal, uma política remuneratória alinhada “ao cenário praticado no país para esses profissionais em razão de sua importância para resolução de crimes”. O documento é assinado por todos os 30 parlamentares da Assembleia Legislativa.

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