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Policiais militares repudiam projeto que cria escala extra de trabalho de 12 horas

A Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado do Espírito Santo (ACS-ES) publicou nesta terça-feira (15), uma nota de esclarecimento repudiando a aprovação, pela Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa, de uma proposta que prevê a criação de mais 12 horas de escala extra de trabalho para os policiais militares, que seguirá para apreciação do governador Paulo Hartung.

Apresentada em reunião ordinária da Comissão realizada nessa segunda-feira (14), como uma demanda dos policiais, a proposta, na verdade, contraria inteiramente a pauta de reivindicações estabelecida na última assembleia da categoria, realizada no último dia três de fevereiro.

“A entidade reforça que o seu compromisso é com a valorização salarial e profissional dos praças, bem como a recomposição de suas perdas salariais”, esclareceu, em nota, a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado do Espírito Santo (ACS-ES).

Durante a votação, o presidente da Comissão de Segurança, deputado Gilsinho Lopes (PR), disse que “os comandantes da PM e dos Bombeiros e o secretário de Segurança [coronel Nylton Rodrigues] também estão de acordo com esse requerimento para otimizar mais recurso para a parte ostensiva e preventiva, como a investigação”.

O presidente da ACS-ES, sargento Renato Martins Conceição, no entanto, afirma que a aprovação da proposta revoltou a categoria. “Ao invés de ter aumento salarial, querem aumentar mais ainda o nosso trabalho, reduzindo o horário de folga e trazendo muitas consequências para a saúde do policial”, alertou.

A ACS-ES e outras associações legitimamente representantes das demandas dos praças deixam claro que não demandaram a proposta votada na Assembleia e pretendem reverter o processo de apreciação pelo Executivo. “Há policiais dizendo que se esse projeto for aprovado, não vão mais fazer nenhuma hora extra. Preferem ter mais contato com a família e mais tempo de lazer, para cuidar da saúde”, aponta o sargento Renato.

A manobra, complementa, é mais uma demonstração clara de que o efetivo capixaba é deficitário. “O déficit é de 1700 policiais”, reafirma.

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