Segunda, 29 Abril 2024

Mais uma vítima do atentado em escola de Aracruz recebe alta

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A professora Degina Rodolfo de Oliveira Fernandes, de 37 anos, uma das vítimas do atentado cometido por um adolescente de 16 anos em escolas de Aracruz, norte do Estado, que estava internada no Hospital Estadual Jayme Santos Neves, na Serra, recebeu alta nesta sexta-feira (16), conforme boletim médico da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa). A docente lecionava inglês na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Primo Bitti, onde as professoras Cybelle Passos, 45 anos; Flávia Amboss, 38 anos; e Maria da Penha Pereira, 48 anos; foram vítimas fatais.

Uma estudante, a adolescente Selena Sagrillo, de 12 anos, também está entre os óbitos ocorridos. Ela era aluna do Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC), de gestão privada.

Outra professora da escola Primo Bitti ainda se encontra internada no Hospital Jayme. É uma mulher de 51 anos, cujo estado de saúde não é informado pela Sesa a pedido da própria paciente. Uma estudante, Thais Pessotti da Silva, de 14 anos, encontra-se internada em um hospital da rede privada.

Degina também estava internada no HEJSN. O boletim não dá detalhes sobre seu estado de saúde. No decorrer da internação, a professora, que levou cinco tiros, chegou a apresentar piora, sendo intubada, em grave estado geral na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas em 8 de dezembro ela foi para o leito semi-intensivo.

O crime

Os ataques foram feitos primeiramente na EEEFM Primo Bitti, onde o atirador havia estudado até junho deste ano. Após arrombar o cadeado, ele invadiu a escola e acessou a sala dos professores. Em seguida, foi para o CEPC, onde efetuou mais disparos.

O processo em relação ao adolescente autor dos ataques foi concluído em sete de dezembro pelo juiz Felipe Leitão, da Vara da Infância e Juventude de Aracruz. O magistrado aplicou a medida socioeducativa de internação pelo prazo de até três anos. Caberá ao Juiz da 3ª Vara da Infância e da Juventude de Vitória, com base em pareceres técnicos da equipe do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases), avaliar, a cada seis meses, a internação. Foi aplicada, ainda, uma medida protetiva de acompanhamento psiquiátrico durante o período de cumprimento da medida de internação.

O pai do adolescente, um tenente da Polícia Militar (PM), também é investigado pela Polícia Civil (PC), que averigua suas possíveis contribuições com o crime e quais as relações do adolescente de 16 anos com células nazistas e fascistas que se expandem pelo país. Um dos pontos da investigação é descobrir se o pai ensinou o filho a dirigir e atirar. Além disso, a Corregedoria da PM instaurou um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) contra o tenente, que foi afastado das atividades operacionais e vai permanecer nas administrativas no decorrer do processo.

Após os ataques, circulou nas redes sociais uma postagem do Instagram do tenente na qual ele mostrou a capa do livro Minha Luta, de Adolph Hitler, em que o ditador nazista da Alemanha expõe suas ideias antissemitas e genocidas. O livro, ainda utilizado como referência por grupos neonazistas em todo mundo, é proibido em diversas localidades, por meio de lei municipal. Com a repercussão, ele deletou a publicaçã


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