Um ano do massacre de Aracruz: ato vai cobrar justiça e reparação
O atentado a duas escolas de Aracruz, no norte do Estado, que deixou quatro vítimas fatais e 12 feridos, completa um ano neste sábado (25). Nessa data, o Fórum Antifascista, o Fórum de Mulheres do Espírito Santo (Fomes) e o Coletivo de Mulheres Dona Astrogilda realizarão um ato na cidade. A concentração será às 7h, em frente à Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Primo Bitti, uma das unidades de ensino onde o crime aconteceu. No local haverá faixas, cartazes e místicas. Às 9h, os manifestantes marcharão até o Centro do município.
O objetivo, afirma a professora da Primo Bitti e integrante do Fórum Antifascista, Leilany Santos Moreira, é cobrar por justiça e reparação às vítimas. As entidades também querem da gestão Renato Casagrande (PSB) respostas sobre as investigações, além de cobrar medidas e politicas que possam atender às demandas das famílias, estudantes e profissionais da educação.Os montantes são considerados insuficientes diante dos gastos que as vítimas e familiares têm e ainda terão com medicamentos, tratamentos médicos e psicológicos. Outra crítica é ao fato de que trabalhadores que não estavam na escola no momento do crime, mas também sofreram abalos psicológicos, devido à ligação afetiva com a unidade de ensino e com as vítimas fatais, não serão indenizadas.
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O crime
O processo em relação ao adolescente autor dos ataques foi concluído em sete de dezembro pelo juiz Felipe Leitão, da Vara da Infância e Juventude de Aracruz. O magistrado aplicou a medida socioeducativa de internação pelo prazo de até três anos. Caberá ao Juiz da 3ª Vara da Infância e da Juventude de Vitória, com base em pareceres técnicos da equipe do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases), avaliar, a cada seis meses, a internação. Foi aplicada, ainda, uma medida protetiva de acompanhamento psiquiátrico durante o período de cumprimento da medida de internação.
O pai do adolescente também é investigado pela Polícia Civil (PC), que averigua suas possíveis contribuições com o crime e quais as relações do adolescente de 16 anos com células nazistas e fascistas que se expandem pelo país. Um dos pontos da investigação é descobrir se o pai ensinou o filho a dirigir e atirar. Além disso, a Corregedoria da PM instaurou um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) contra o tenente, que foi afastado das atividades operacionais e vai permanecer nas administrativas no decorrer do processo.
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Um ano, e a SEDU não fez mais nada além de contratar Assistente Social e Psicólogo, sendo que uma dupla desses profissionais atendem até 3 mil alunos em escolas distintas. Sempre tapando o sol com a peneira.