Vítimas de atentado em Aracruz são homenageadas em marcha no Centro
"Normalidade, as mãos pequenas cruzadas
adornadas de flores e pálidas
dizer adeus, companheira aguerrida
e revê-la
revê-la
revê-la
nos vultos que passam"
Também não foram esquecidas as outras três professoras e uma estudante que também foram baleadas, sobreviveram, mas ficaram com sequelas, nem as outras tantas e tantas mulheres que, no Espírito Santo, tiveram suas vidas ceifadas pelo patriarcado.
A tradicional marcha do Dia Internacional da Mulher saiu da praça Getúlio Vargas, no Centro de Vitória, em direção ao Palácio Anchieta, acompanhada da bateria Esquerda Beleza, que engloba ritmistas dos blocos carnavalescos Esquerda Festiva e Maluco Beleza, mostrando que não há censura ao Carnaval que apague a chama de seu engajamento político, proposta que não é restrita ao mês de fevereiro, podendo se fazer presente nas ruas da cidade o ano inteiro.
Mandatos parlamentares alinhados à esquerda também comparecem. Marcaram presença os vereadores de Vitória André Moreira (Psol) e Karla Coser (PT) e os deputados estaduais João Coser (PT), Iriny Lopes (PT) e Camila Valadão (Psol).
A secretária estadual de Direitos Humanos, Nara Borgo, que durante a sua primeira gestão à frente da pasta foi à marcha somente uma vez, apesar de sua falta de popularidade junto aos movimentos sociais, esteve na concentração.
Iriny destacou que o governo Lula (PT) anunciou, nesta quarta-feira, um pacote de ações com foco nas mulheres, contemplando áreas como mercado de trabalho, assistência social e ações para segurança de vítimas de violência.
A parlamentar recordou que quando foi ministra da Mulher no governo da então presidente Dilma Rousseff (PT), a pasta tinha um orçamento de R$ 14 milhões, mas a "criatura da goiabeira", referindo-se a Damares Alves (Republicanos), que foi ministra no governo Bolsonaro (PL) e agora é senadora (DF), deixou com apenas R$ 27 mil.
A marcha é realizada anualmente, sempre no dia 8 de março, pelo Fórum de Mulheres do Espírito Santo (Fomes), que mobiliza mais de 40 entidades, entre elas, movimentos feminista e de mulheres, do campo e da cidade, sindicatos e partidos políticos de esquerda. Este ano o mote foi "Pela vida das mulheres: por direitos, derrotar os fascistas", destacando as lutas por direitos como creche, saúde de qualidade, educação, alimentação e moradia.
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