Agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal de todo o Brasil marcaram uma paralisação geral para a próxima terça-feira (11). Nesta sexta-feira (7), os agentes da PF no Espírito Santo, seguiram a orientação do movimento nacional e penduraram as algemas em protesto por melhores salários e condições de trabalho. O “algemaço” aconteceu em frente à sede da Polícia Federal no Estado, que fica em São Torquato, Vila Velha.
Apesar dos protestos, os serviços da PF em Vila Velha não foram paralisados. Os agentes reclamam que estão há sete anos sem reajuste e já rejeitaram a proposta de reajuste de 15,8%, feita pelo governo. Eles também querem um plano de carreira para agentes e papiloscopistas.
O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federal, Jones Leal, disse à Agência Brasil que o trabalho da Polícia Federal no combate à corrupção está incomodando. “Estamos querendo chamar a atenção da sociedade [para isso]”.
Jones Leal disse que, devido às más condições de trabalho e às perdas salariais, a Polícia Federal se tornou um “trampolim” para outras carreiras e perdeu a capacidade de fixar os concursados. “Hoje, gasta-se cerca de R$ 100 mil para formar um policial e, em três ou quarto anos, ele deixa o órgão em busca de melhores condições”, frisou.
Na paralisação prevista para a próxima terça (11), o comando de greve garante que manterá 30% dos servidores em atividade. Isso deve garantir que os serviços prestados à população, como emissão de passaportes, não serão prejudicados.