Durante o ato público desta sexta, como aconteceu nos outros três dias de protestos, os servidores distribuíram chuchus à população e explicaram a real situação dos serviços públicos no Estado, com sucateamento, defasagem salarial e falta de benefícios.
Fotos: Leonardo Sá/Porã
O governo tentou, durante todo o período de realização do “apagão”, invisibilizar o movimento e criminalizar os atos públicos por meio de ações questionando o “apagão”, sob a alegação que seria um movimento grevista, portanto, fora dos padrões da legislação.
No entanto, a Justiça tem entendido que é direito constitucional dos servidores realizarem assembleias setoriais e atos públicos demonstrando a insatisfação com o atual governo. Contraditoriamente, o governo vem buscando a via judicial para questionar o movimento em vez de chamar os servidores para dialogar de maneira direta, sem subterfúgios para justificar a falta de atendimento às reivindicações dos servidores.
O “apagão” dos serviços públicos não pode ser caracterizado como greve, já que se trata de assembleias setoriais realizadas com o objetivo de debater pontos de pauta de interesses das categorias, que são a recomposição das perdas salariais dos últimos 12 meses, o estabelecimento de uma data base, o pagamento imediato do auxílio alimentação e a criação de uma mesa permanente de negociação com o governo.
Estas assembleias foram, inclusive, devidamente convocadas em editais públicos, o que garante aos servidores a participação legítima nos encontros.