Sábado, 18 Mai 2024

Cerca de 500 garis protestam em Vitória por retomada de negociações

Cerca de 500 garis protestam em Vitória por retomada de negociações
Os trabalhadores de limpeza urbana, funcionários de empresas que têm contratos com prefeituras de todo o Estado, realizaram uma manifestação na tarde desta sexta-feira (10) em Vitória. Cerca de 500 profissionais se concentraram no Centro Esportivo Tancredo de Almeida Neves, conhecido como Tancredão, no bairro Mário Cypreste, e seguiram em caminhada até o Palácio da Fonte Grande, sede administrativa do governo do Estado, no Centro da Capital. 
 
Os garis deflagraram greve nessa quinta-feira (9) - por tempo indeterminado -, com a adesão de profissionais de dez municípios:  Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Viana, Guarapari, Anchieta e Marataízes, no sul do Estado; Linhares, no norte; e Colatina, na região noroeste. 
 
No Palácio, os trabalhadores protocolaram ofício pedindo a atuação política do governador Paulo Hartung (PMDB) com os prefeitos para que as reivindicações da categoria sejam ouvidas e que haja negociação.
 
A manifestação também teve o objetivo de alertar a sociedade  para as demissões em massa que vêm ocorrendo, como em Vila Velha, sobrecarregando os garis e coletores, e comprometendo a limpeza e a saúde pública.
 
Liminar
 
Na tarde desta sexta-feira o Sindilimpe foi notificado acerca de uma liminar do Tribunal Regional do Trabalho no Estado (TRT-ES) declarando a ilegalidade da greve. Neste sábado (12), os diretores da entidade vão percorrer as bases realizando assembleias com os trabalhadores e orientando para o cumprimento da medida. A decisão, no entanto, é da categoria que é soberana.
 
O presidente do Sindilimpe-ES, Ailton Dias, ressaltou a importância do serviço feito pelos trabalhadores. “A liminar argumenta que é preciso atender a uma necessidade essencial da população. A Justiça reconhece que prestamos um serviço essencial, mas as empresas e as prefeituras parecem não compartilhar da mesma opinião, já que não oferecem um aumento salarial condizente com a importância do trabalho que fazemos e do qual depende a saúde da população”, disse.
 
Impasse
 
O impasse nas negociações surgiu no dia 1 de abril, em uma reunião entre o Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública do Espírito Santo (Sindilimpe-ES) e as 25 empresas que atuam no setor no Estado, realizada na Superintendência Regional do Trabalho (SRTE). A categoria cedeu no seu pedido inicial, reduzindo o percentual de aumento nos salários de 12% para 8%, e o valor do auxílio-alimentação de R$ 500 para R$ 460, mas os empresários não quiseram negociar. Na assembleia que deflagrou a greve, os profissionais recusaram a proposta de 5,26% de reajuste nos salários  e no auxílio-alimentação. 
 
O presidente do sindicato, Ailton Dias, ressalta que a categoria está aberta às negociações, mas que os empresários não querem ceder. “Nós já cedemos no pedido que fizemos inicialmente, mas se o outro lado não ceder em nada, fica difícil fechar um acordo coletivo”, disse.

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