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Com 30% do atendimento, trabalhadores da Saúde de Vitória mantêm greve

Os trabalhadores da Saúde de Vitória, que permanecem em greve, se reuniram na tarde desta terça-feira (30) com a prefeitura do município, mas, após exaustiva negociação, saíram sem qualquer sinalização de proposta por parte do executivo. As entidades que representam os trabalhadores ainda não foram notificadas da decisão que decretou a ilegalidade da greve, por isso continuam a garantir 30% do atendimento nas unidades de saúde da Capital.

De acordo com a vice-presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde de Vitória (Sismusv), Cristiana Nascimento, os sindicatos apresentaram uma contraproposta à prefeitura, mas não há prazo para retorno.

Nesta quarta-feira (1), em frente à sede da prefeitura, os servidores realizam uma assembleia geral de todas as categorias do funcionalismo municipal. Na assembleia vão ser apresentados os resultados da mesa de negociação realizada nesta terça-feira.

Cristiana conta que o trabalhador da Saúde de Vitória está desgastado, não só pela falta de reajuste salarial, mas também pela falta de recursos humanos e de equipamentos. Ela acrescenta que a categoria não reconhece mais o prefeito Luciano Rezende (PPS), já que o tratamento dele para com a categoria era diferente quando era secretário municipal de Saúde. “Esta foi uma gestão muito esperada, de mudança”, conta ela, pesarosa.

A vice-presidente do Sismusv também diz que avisa desde 2014 sobre o caos que poderia se abater sobre a Saúde de Vitória e completa que em 2016 pode haver o esvaziamento de trabalhadores por adoecimento. “Hoje ser funcionário efetivo de Vitória não é mais vantagem”, completa Cristiana.

Os trabalhadores pedem 12% de recomposição da inflação, mas a prefeitura, além de não aceitar, não apresenta contraproposta. Para o Sindicato dos Servidores Municipais da Saúde de Vitória (Sismusv), a recomposição inflacionária para os servidores é inadiável, já que os salários estão defasados. Os vencimentos dos trabalhadores estão congelados por conta dos sucessivos anos sem reajuste e recomposição.

Além da recomposição, os servidores também reivindicam revisão do valor do auxílio-alimentação proporcional à carga horária; revogação do desconto no pagamento do último Índice de Desempenho Variável (IDV) sobre afastamentos legais que são direitos garantidos em lei; e melhoria das condições e relações de trabalho na Secretaria Municipal de Saúde (Semsa).

O IDV é vinculado ao Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade do Serviço de Saúde do Município de Vitória (PMAQ/Vitória) e estava sendo pago corretamente até julho de 2015. No entanto, houve cortes no IDV/PMAQ, que só foram avisados aos servidores três dias antes do pagamento. A mesa de negociação só foi comunicada dos cortes do IDV em agosto de 2014.

 
  

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