De acordo com a vice-presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde de Vitória (Sismusv), Cristiana Nascimento, os sindicatos apresentaram uma contraproposta à prefeitura, mas não há prazo para retorno.
Nesta quarta-feira (1), em frente à sede da prefeitura, os servidores realizam uma assembleia geral de todas as categorias do funcionalismo municipal. Na assembleia vão ser apresentados os resultados da mesa de negociação realizada nesta terça-feira.
Cristiana conta que o trabalhador da Saúde de Vitória está desgastado, não só pela falta de reajuste salarial, mas também pela falta de recursos humanos e de equipamentos. Ela acrescenta que a categoria não reconhece mais o prefeito Luciano Rezende (PPS), já que o tratamento dele para com a categoria era diferente quando era secretário municipal de Saúde. “Esta foi uma gestão muito esperada, de mudança”, conta ela, pesarosa.
A vice-presidente do Sismusv também diz que avisa desde 2014 sobre o caos que poderia se abater sobre a Saúde de Vitória e completa que em 2016 pode haver o esvaziamento de trabalhadores por adoecimento. “Hoje ser funcionário efetivo de Vitória não é mais vantagem”, completa Cristiana.
Os trabalhadores pedem 12% de recomposição da inflação, mas a prefeitura, além de não aceitar, não apresenta contraproposta. Para o Sindicato dos Servidores Municipais da Saúde de Vitória (Sismusv), a recomposição inflacionária para os servidores é inadiável, já que os salários estão defasados. Os vencimentos dos trabalhadores estão congelados por conta dos sucessivos anos sem reajuste e recomposição.
Além da recomposição, os servidores também reivindicam revisão do valor do auxílio-alimentação proporcional à carga horária; revogação do desconto no pagamento do último Índice de Desempenho Variável (IDV) sobre afastamentos legais que são direitos garantidos em lei; e melhoria das condições e relações de trabalho na Secretaria Municipal de Saúde (Semsa).
O IDV é vinculado ao Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade do Serviço de Saúde do Município de Vitória (PMAQ/Vitória) e estava sendo pago corretamente até julho de 2015. No entanto, houve cortes no IDV/PMAQ, que só foram avisados aos servidores três dias antes do pagamento. A mesa de negociação só foi comunicada dos cortes do IDV em agosto de 2014.