Com a aprovação do Acordo Coletivo dos trabalhadores do Banestes, que aceitaram a contraproposta do banco, caiu para 212 o número de agências fechadas nesta quinta-feira (10), 22° dia de greve dos bancários.
Das agências fechadas, 115 ficam na Grande Vitória e 97 no interior, além de oito departamentos da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil da Praça Pio XII, no Centro de Vitória.
Na região metropolitana, 39 agências do Banco do Brasil e 34 da Caixa Econômica estão fechadas. No interior, 51 do Banco do Brasil, 35 da Caixa Econômica e quatro do Banco do Nordeste. Em todo o Estado 49 agências de bancos privados estão sem funcionamento, sendo 19 do Santander, três do Bradesco, 20 do Itaú, cinco do HSBC, uma do Banco Mercantil do Brasil e uma do Safra.
Em São Paulo, desde a manhã desta quinta-feira, o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) negociam em busca de acordo para o fim da greve. O impasse em torno do desconto por dias parados fez com que a negociação fosse temporariamente suspensa e retomada durante a tarde. Até o fechamento desta matéria, bancários e Fenaban ainda negociavam.
Os bancários reivindicam reajuste de 11,93%, que corresponde a 5% de aumento geral mais inflação projetada de 6,6%; Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15; piso salarial de R$ 2.860,21, que é o piso do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese); auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche ou babá no valor de R$ 678 ao mês para cada, equivalente ao salário mínimo.
Além disso, pleiteiam o fim das metas abusivas, do assédio moral que adoece os bancários e das demissões, além de mais contratações; aumento da inclusão bancária; combate às terceirizações, especialmente ao Projeto de Lei (PL) 4330/04 que precariza as condições de trabalho; e aplicação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que proíbe as dispensas imotivadas.