Sexta, 26 Abril 2024

Decisão da Justiça Federal de MG pode abrir precedente no Estado

Uma decisão da Justiça Federal em Belo Horizonte, Minas Gerais, pode refletir no Espírito Santo, que registra situação semelhante. O juízo da 14ª Vara da Justiça Federal condenou o Tribunal Regional do Trabalho naquele estado (TRT-MG) a devolver imediatamente os servidores irregularmente requisitados de prefeituras mineiras. 
 
A sentença foi proferida em ação pública ajuizada pelo Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF-MG) em outubro de 2013. As denúncias chegaram ao MPF-MG por meio de representações enviadas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-MG) que versavam sobre a existência de 343 servidores, entre filhos, irmãos e cônjuges requisitados de prefeituras mineiras pelo TRT. 
 
Em alguns casos, o requisitado até prestava concurso em prefeituras do interior, mas antes mesmo da posse, já era colocado à disposição do TRT-MG. 
 
A decisão do juízo de Minas Gerais pode motivar o pedido de investigação também no Estado, já que também é prática comum a requisição de servidores de prefeituras, tanto da Grande Vitória quanto do interior do Estado, para atuação no TRT-ES. 
 
O órgão tem pelo menos 54 servidores cedidos por prefeituras do Estado, sem contar com aqueles requisitados de outras secretarias e órgãos. 
 
O concurso mais recente para o órgão no Estado teve resultado final homologado em 12 de março deste ano. No entanto, para que os aprovados tomem posse, deve haver a criação de mais cargos no TRT, o que só acontece a partir de projeto de lei a ser votado no Congresso Nacional. 
 
Isso acontece porque existem servidores cedidos por outros órgãos e prefeituras do Estado ocupando cargos que deveriam ser destinados a servidores com vínculo permanente com o TRT-ES. Caso estes funcionários não sejam removidos dos cargos, os concursados só poderiam assumir em eventos como a aposentadoria, exoneração, demissão ou falecimento.
 
O TRT-ES, por outro lado, justifica que a dispensa dos servidores cedidos não ocupam cargos pertencentes ao órgão acarretaria maior necessidade de servidores sem, contudo, implicar automaticamente em abertura de vagar a serem preenchidas pelos candidatos aprovados no último concurso público. 
 
     

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