Funcionárias da limpeza de hospitais protestam nesta quinta-feira
As trabalhadoras terceirizadas da empresa Servinel, que prestam serviço no setor de limpeza para a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), realizaram um protesto na manhã desta quinta-feira (16) cobrando o pagamento de salários e benefícios, e reivindicando melhores condições de trabalho nos hospitais da rede estadual.
Por conta do protesto, as trabalhadoras deixaram de realizar a limpeza nos hospitais.
Elas caminharam da antiga sede da Sesa, no bairro Bento Ferreira, em Vitória, até a atual sede da pasta, na Enseada do Suá. Com o auxílio de um trio elétrico, as trabalhadoras diziam que um golpe estava sendo aplicado contra as funcionárias que, além de estarem com os salários (de cerca de R$ 850) e benefícios atrasados, também não têm produtos de limpeza para trabalhar.
O movimento foi encerrado por volta das 16 horas após reunião com representantes da Sesa e da empresa.
O movimento foi encerrado por volta das 16 horas após reunião com representantes da Sesa e da empresa.
Participaram do encontro o advogado do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Urbana, Asseio e Conservação do Espírito Santo (Sindilimpe-ES, Alexandre Zamprogno, o subsecretário de Estado da Saúde para Assuntos de Administração e Financiamento da Atenção à Saúde, José Hermínio Ribeiro, além da diretora da sindicato, Madalena Garcia da Silva, trabalhadoras e um representante da Servinel.
No encontro ficou acertado que os salários atrasados, assim como os valores do auxílio-alimentação, vale-transporte e férias serão depositados nessa sexta-feira (17) nas contas dos funcionários. Além disso, vale-trasporte e pagamento de férias dos trabalhadores que tiveram problemas no recebimento serão colocados em dia. A Secretaria de Saúde garantiu, ainda, que em maio o problema não voltará a acontecer, fazendo um compromisso com a categoria.
As funcionárias da empresa terceirizada não recebem o salário e o auxílio-alimentação desde março. Além dos salários, diversas trabalhadoras estão entrando em férias sem receberem 1/3 do adiantamento, como previsto na legislação. Algumas funcionárias que voltaram de férias também estão sem salários.
Não bastassem os atrasos nos salários e benefícios, as trabalhadoras ainda enfrentam condições precárias de trabalho uma vez que falta material de limpeza simples, como sabão e cloro, para a higienização dos hospitais, incluindo as Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), centros cirúrgicos e prontos-socorros, o que coloca em risco a vida dos pacientes atendidos.
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