A greve dos metalúrgicos entrou no segundo dia nesta terça-feira (9). A decisão pela manutenção da greve foi tomada na manhã desta terça, durante as assembleias realizadas pelo Sindicato dos Metalúrgicos do Estado (Sindimetal-ES) nas portarias da Vale, ArcelorMittal Tubarão e no bairro Civit II, na Serra.
A proposta do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado (Sindifer-ES) para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2014/2015 não teve nenhum avanço e por isso os trabalhadores votaram a favor de manter a paralisação até que os empresários apresentem uma oferta que atenda ao pleito da categoria que consiste em reajuste salarial de 9,34%, sendo 6,34% equivalente a inflação do período pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e mais 3% de ganho real; auxílio-alimentação no valor de R$ 300 para as empresas dentro dos grandes complexos (ArcelorMittal Tubarão, ArcelorMittal Cariacica, Vale, Fibria, Canexus, Petrobras, Portocel) e R$ 250 para todos os metalúrgicos que trabalham fora dos grandes complexos, com qualquer número de empregados.
A categoria também reivindica a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem redução nos salários; inclusão na CCT de uma cláusula que regularize a atividade offshore; retirar da CCT a cláusula 23 sobre turno de revezamento – que hoje estabelece que as empresas prestadoras de serviços poderão adotar o mesmo regime de turno da empresa contratante e outras.
A data-base dos metalúrgicos capixabas é novembro e até o momento os patrões ofereceram apenas 7,1% de reajuste salarial; auxílio-alimentação no valor de R$ 198 para os empregados que atuam nas empresas dentro dos grandes complexos, R$ 107,10 de auxílio-alimentação para as empresas fora dos grandes complexos e com um quadro de empregados acima de 100 trabalhadores e R$ 275 para os metalúrgicos das empresas prestadoras de serviços na Samarco. Para a assistência à infância, os empresários propuseram um valor de R$ 75 para quem tem filhos com idade máxima de 2 anos e R$ 125 no valor da assistência a portadores de deficiência.