Nesta quinta-feira (7), os trabalhadores se reúnem em assembleia de manhã e à tarde para avaliar o movimento paredista.
Em uma semana de greve, os servidores de diversas categorias realizaram atos públicos, passeatas, mobilizações nos locais de trabalho e até mesmo um acampamento no saguão da sede da prefeitura de Vitória.
Os servidores estão há dois anos sem reajuste salarial e as perdas históricas das categorias já estão em 130%. Ainda assim, o executivo alega que a queda na arrecadação impossibilita a concessão de reajuste, mas no início do mandato do prefeito Luciano Rezende (PPS) houve reajuste em 40% para o secretariado e, somente no pagamento de servidores em cargos comissionados, o gasto é de R$ 2 milhões mensais.
Além da falta de reajuste, os servidores reclamam dos baixos investimentos em equipamentos públicos para o atendimento à população, que tem comprometido a qualidade dos serviços. Os servidores alegam que falta desde o fornecimento de medicamentos nas unidades de saúde até merendas nas escolas, além de profissionais para suprir a defasagem de servidores nos locais de trabalho.
Os servidores também cobram o pagamento da progressão de carreira das categorias, que é o acréscimo nos salários referente às especializações de cada servidor. Desde 2014 esta progressão não vem sendo concedida.
Vila Velha
Os servidores municipais de Vila Velha permanecem em greve. O movimento paredista também foi deflagrado no dia 29 de março no município.
Em Vila Velha, o movimento também é unificado e os servidores reivindicam reposições das perdas salariais no índice de 37,4% e auxílio alimentação no valor de R$ 400 para todos os trabalhadores.
No município, os servidores enfrentam a resistência do executivo municipal que retira sistematicamente as comunicações de greve das repartições públicas, desrespeitando a Lei nº 7.783/89 (Lei de Greve) que garante a livre divulgação do movimento paredista.
Nesta terça-feira (5), o Sindicato dos Servidores Municipais de Vila Velha (Sinfais) registrou em vídeo a servidora ocupante de cargo comissionado identificada como Terezinha Rangel, mãe do vereador Joel Rangel (PSB), retirando os cartazes que informavam sobre a greve de uma repartição pública.
Durante todo o ano passado, a prefeitura alegou que não havia dinheiro em caixa para repor as perdas salariais dos servidores, mas os salários dos secretários aumentaram em 55% e do prefeito e vice-prefeito em 25% somente no mandato de Rodney Miranda (DEM).
A greve foi aprovada pelos servidores presentes à assembleia realizada no dia 22 de março, por unanimidade. As entidades que compõem a frente sindical produziram um site que vai divulgar as ações para os dias de paralisação.
A Frente Sindical dos Servidores de Vila Velha é composta pelo Sinfais, pelo Sindicato dos Enfermeiros do Estado (Sindifenfermeiros), Sindicato dos Farmacêuticos do Estado (Sinfes), Sindicato dos Odontologistas do Estado (Sinodonto-ES), Sindicato dos Psicólogos do Estado (Sindpsi), Sindicato dos Técnicos em Higiene Bucal do Estado (Sindsaudebucal), Sindicato dos Servidores das Guardas Civis Municipais e dos Agentes Municipais de Trânsito do Estado (Sigmates), Sindicato dos Nutricionistas do Estado (Sindinutri) e Sindicato dos Técnicos e Auxiliares de Enfermagem do Estado (Sitaen).