Rodoviários param o Terminal de Itaparica pela segunda vez esta semana
O Terminal de Itaparica, em Vila Velha voltou a ser fechado na tarde desta sexta-feira (5) pelos trabalhadores rodoviários insatisfeitos com os rumos da negociação entre o Sindicato dos Rodoviários do Estado (Sindirodoviários-ES) e as empresas. Os passageiros que tentaram acessar o terminal ficaram revoltados com o fechamento e chegaram a protestar fechando a Rodovia Darly Santos, que passa em frente ao local, por alguns minutos.
O Sindirodoviários, assim como aconteceu no fechamento desta quarta-feira (3) do terminal, não reconhece como legítima a paralisação.
Apesar de o protesto dos passageiros já ter sido encerrado, o Terminal de Itaparica permanece fechado por volta das 15 horas desta sexta-feira.
Greve
A greve oficial dos rodoviários vai ter início na próxima segunda-feira (8). Nesta quinta-feira (4) a Justiça do Trabalho determinou que pelo menos 70% dos ônibus circulem nos horários de pico durante a greve.
O desembargador José Luiz Serafini, que assina a decisão, considera horário de pico das 6h às 9h e das 17h às 20h. Nos horários restantes a Justiça exige a circulação de 40% da frota.
O Sindicato dos Rodoviários informou que já foi notificado e vai cumprir a determinação da Justiça. Caso os rodoviários não cumpra a decisão, a Justiça prevê multa de R$ 30 mil por dia ao sindicato da categoria.
A greve foi deflagrada porque falhou a negociação entre Sindirodoviários-ES e os empresários, que vinha sendo mediada pelo desembargador Marcello Mancilha, presidente do Tribunal Regional do Trabalho.
Sem acordo, os representantes da categoria acabaram optando por publicar o edital de greve nesta quinta-feira (4), enquanto os empresários prometem impetrar ação cautelar declaratória para julgamento do dissídio coletivo.
Os representantes do Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) e do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado (Setpes) ofereceram 8% de reajuste salarial e 90% de cobertura do plano de saúde. No entanto, os rodoviários discordaram da cobertura de 90%, pleiteando 100%, o que levou ao impasse.
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