Secretário de Justiça e Sindicato dos Agentes divergem sobre número de feridos em motim
A Secretaria de Estado de Justiça (Sejus) e o Sindicato dos Agentes do Sistema Penitenciário do Estado (Sindaspes) divergem sobre o número de feridos durante o motim ocorrido no Centro de Detenção Provisória de Vila Velha (CDPVV) na última sexta-feira (10). No princípio de rebelião, o inspetor penitenciário Anderson Martins perdeu três dedos da mão depois que um artefato semelhante a uma granada explodiu enquanto ele segurava.
O inspetor, que é contratado em regime de designação temporária (DT) e não deveria manusear armas, foi orientado pela chefia da operação, o que acabou por ocasionar o acidente.
No momento do motim, havia apenas dois agentes efetivos (que podem portar armamento letal) na unidade. Os outros quatro inspetores eram temporários. Este quadro evidencia o que acontece na maioria das unidades prisionais do Estado, que tem reduzido número de inspetores efetivos, com maior número de temporários e quadro de superlotação. Este cenário deixa os profissionais vulneráveis e as unidades propensas a mais rebeliões.
A falta de manutenção das unidades prisionais também prejudica a segurança dos estabelecimentos, que têm câmeras inoperantes.
Embora o secretário de Justiça, Eugênio Coutinho Ricas, tenha declarado que apenas um servidor tenha se ferido no motim, o boletim de atendimento do dia do tumulto atesta que ficaram feridos dois inspetores, sendo um pelo artefato e o segundo por um “xuxo”, que é uma arma construída com pedaços de ferro. Além disso, segundo o boletim, outros 12 internos se feriram durante o motim.
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