Depois que os trabalhadores da TV Educativa decretaram estado de greve na ultima semana, os servidores da Rádio Espírito Santo, que também compõe o sistema de Rádio e TV do Estado (RTV-ES) também deflagram estado de greve depois de assembleia realizada nessa terça-feira (16).
Os trabalhadores consideram que as condições de trabalho são precárias na emissora, com falta de equipamentos e recursos humanos. Os servidores prepararam uma pauta de reivindicações para ser entregue ao próximo governo e, caso não sejam atendidas, a greve pode ser deflagrada de fato.
Durante o estado de greve os servidores vão realizar diversas ações políticas com o intuito de informar à sociedade sobre as precárias condições de trabalho a que são submetidos os servidores.
Assim como aconteceu na assembleia com os trabalhadores da TVE na última quarta-feira (10), o Sindicato dos Jornalistas do Estado (Sindijornalistas-ES) e do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sindipúblicos-ES) informaram aos servidores sobre as ações judiciais e políticas que têm sido tomadas, com denúncia aos órgãos competentes como Ministério Público Estadual (MPES), Ministério do Trabalho, Tribunal de Contas e Assembleia Legislativa.
Os diretores também informaram que os sindicatos enviaram ofício aos deputados estaduais solicitando uma emenda orçamentária para que se garanta a construção de uma nova sede, a locação de um espaço adequado para os servidores da RTV enquanto essa estiver sendo construída, bem como a previsão de concurso público.
TVE
As condições de trabalho dos servidores da TVE também são precárias. A emissora funciona de maneira improvisada no Centro Cultural Carmélia Maria de Souza, local que não oferece condições de segurança e de trabalho para os servidores. A emissora também tem déficit de trabalhadores, que pode aumentar ainda mais, já que muitos dos servidores estão prestes a se aposentar.
A falta de estrutura é tanta, segundo eles, que faltam equipamentos básicos para o funcionamento pleno da emissora. As principais denúncias dão conta de que não há equipamentos básicos para a operação dos meios de comunicação, como microfones e ilhas de edição; que a compra de materiais essenciais para a produção, como fitas de vídeo, é demorada; e faltam monitores analógicos no controle mestre. Os servidores convivem também com “gambiarras” elétricas nas instalações; infiltrações nas paredes e no teto; e mofo nos estúdios.