As principais autarquias e secretarias tiveram os serviços paralisados, como as Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans) da Grande Vitória; 78 unidades do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf); 100% dos escritórios e fazendas do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) no interior; setor de Biometria do Departamento Estadual de Trânsito (Detran); o Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema); Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN); Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado (IPAJM); Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb-GV); Polícia Civil; área administrativa do Instituto de Atendimento Socioeducativo (Iases); Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz); hospitais estaduais; Instituto de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado (Prodest); Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Junta Comercial e servidores do Judiciário.
Houve mobilização de trabalhadores da Saúde em hospitais da Grande Vitória e do interior do Estado. Foram atingidos pela paralisação hospitais como São Lucas – que funciona no Hospital da Polícia Militar (HPM), em Vitória –, Infantil de Vitória; Hospital Geral e Infantil Dr. Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha; Antônio Bezerra de Farias (Vila Velha); Dório Silva (Serra); Geral de Linhares (HGL), no norte do Estado; Estadual de São José do Calçado, na região sul; Jones dos Santos Neves, em Baixo Guandu, no noroeste; além do Centro de Referência em Especialidades (CRE) de Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado; Centro de Reabilitação Física do Estado (Crefes) (Vila Velha); e CRE Metropolitano (Cariacica).
Os serviços que dependem de profissionais como técnicos e auxiliares de enfermagem, técnicos de laboratório e técnicos de imobilização ortopédica não funcionaram. Consultas ambulatoriais, exames e procedimentos como retirada de gesso, remoção de pontos, e aplicações de injeções também vão ficar paralisados até as 23h59 desta quinta-feira.
Desde o final de 2014, após as eleições, os servidores públicos tentam negociar com o governo do Estado direitos fundamentais e básicos como a revisão salarial, conforme a inflação do período, o estabelecimento de uma data base, o reajuste e concessão do auxílio-alimentação a todos os servidores e a implantação de uma mesa permanente de negociação, mas sem sucesso. A sinalização agora é de que nem a reposição da inflação será concedida, o que pode provocar uma greve geral.
O Fórum das Entidades de Servidores Públicos do Estado (Fespes) e as entidades que fazem parte do colegiado enviaram ofícios ao governo com os pleitos das categorias, mas não houve qualquer resposta. Em 24 de agosto completam 30 dias do envio e, a partir desta data, caso não haja resposta do governo, pode ser convocada assembleia para a deliberação sobre a possibilidade de uma greve geral dos servidores.
Os trabalhadores da Saúde, em particular, apontam para as más condições de trabalho na área. A realidade nos hospitais estaduais é de pacientes sendo entubados no chão e medicados em pé. Internações no corredor se prolongam por dias e crianças são atendidas no colo das mães. Além disso, diversos equipamentos estão sucateados e há falta de material de trabalho e de medicamentos. Todos esses constrangimentos a que são submetidos trabalhadores e pacientes coloca em risco os procedimentos realizados.