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Sindicatos se unem contra proposta rebaixada de acordo da Aracruz (Fibria)

Os sindicatos que representam os trabalhadores da área da Aracruz Celulose (atual Fibria) – Sindicato dos Trabalhadores Químicos e Papeleiros do Estado (Sinticel-ES), Sindicato dos Trabalhadores na Silvicultura, no Plantio, nos Tratos Culturais, Extração e Beneficiamento da Madeira em Atividades Florestais e Indústrias Moveleiras no Extremo Sul da Bahia (Sintrexbem) e Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Extrativas de Madeira de Aracruz (Sintiema) – se uniram para cobrar da empresa melhor proposta para fechamento de Acordo Coletivo, já que as negociações se arrastam desde o ano passado.

As entidades alegam que a empresa tem possibilidade de oferecer uma proposta satisfatória para os trabalhadores, mas insiste em propor reajuste apenas da inflação do período, calculada em 8,5%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

De acordo com os sindicatos, dados recentes mostram que o último reajuste do valor da celulose no mercado internacional é de 30 dólares a tonelada, o que daria, somente com esse montante, para pagar toda a folha de pagamento.

Como forma de atrair os trabalhadores para aceitarem a proposta, a Fibria propôs o pagamento de um abono indenizatório, mas os sindicatos apontam que essa é uma forma de ludibriar o trabalhador em troca da retirada de direitos, como o plano odontológico.

Na primeira assembleia dos trabalhadores a proposta foi rejeita pela maioria. A próxima reunião da Fibria com o Sinticel é no dia 6 de fevereiro, com o Sintiema no dia 7 e com o Sintrexbem no dia 8 de fevereiro.

A proposta da empresa modifica o plano odontológico, o que prejudica os trabalhadores. A proposta é trocar o plano, que hoje é gratuito para o trabalhador, oferecendo quatro opções de pacotes nos valores de R$ 12, R$ 25, R$ 50 e R$ 90 (valores aproximados), sendo que a opção que mais se aproxima do atual no que diz respeito à cobertura dos serviços é o de R$ 90 por pessoa.

Isso representa, por exemplo, que em uma família de quatro pessoas, se o trabalhador tiver de arcar com o valor de R$ 90 por pessoa, terá prejuízo de mais de R$ 4 mil em um ano.

Atualmente, o trabalhador arca com uma cota de 10% se utilizar os serviços do plano, ou seja, no mês em que não usar, o trabalhador não paga nada. Para o Sinticel, essa proposta representa um retrocesso nos direitos adquiridos pelos trabalhadores.

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