Os participantes vão apresentar dados das previdências estadual e do regime próprio, além de ressaltar os principais impactos que as mudanças irão ocasionar para os servidores e trabalhadores que ainda não se aposentaram.
O governo estadual afirma que há um “rombo” no Instituto de Previdência dos Servidores do Estado (IPAJM) para justificar a necessidade de reforma, apontando que precisa fazer aporte para garantir os pagamentos.
No entanto, esse suposto “rombo” é resultado da má gestão das contribuições dos servidores, sendo que os servidores atendidos pelo fundo financeiro do IPAJM contribuíram a vida inteira para terem direito à aposentadoria, mas não houve capitalização dos recursos pelo governo.
Esse fundo financeiro atende a servidores que ingressaram no Estado até 2004 – quando foi criado o Fundo Previdenciário – e o “rombo” é anterior a essa data. De acordo com os cálculos, existe uma curva nessas aposentadorias que no início tende a ser ascendente, mas se estabiliza e necessariamente será descendente. Os servidores do fundo financeiro deixarão, portanto, de receber os benefícios, seja por óbito ou pela falta de dependentes.
Já o fundo previdenciário, criado em 2004, é superavitário, já que a contribuição dos servidores é aplicada no mercado financeiro. Este fundo, somente em março de 2016, arrecadou mais de R$ 62 milhões e pagou de benefícios apenas R$ 1,9 milhões, e tem em caixa mais de R$ 2 bilhões sendo investidos em fundos no mercado financeiro.