Sábado, 04 Mai 2024

Cenários municipais

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Ainda recluso desde a derrota do segundo turno e prestes a ficar sem mandato pela primeira vez em 34 anos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) elabora estratégias para se manter vivo com o eleitorado, até tentar novamente chegar ao Palácio do Planalto em 2026, como já anunciado pela Nacional de seu partido, que garantiu disponibilizar a ele todas as condições para isso, incluindo estrutura e salário. A meta inicial, segundo aponta matéria do jornal O Globo, é viajar pelo País e começar logo a trabalhar a eleição de correligionários em 2024, principalmente nas capitais, para ampliar o número de prefeituras sob domínio do PL. O projeto considera favorável não só o território demarcado por Bolsonaro, que alcançou 49,1% dos votos no País, como também a ampla bancada eleita pela legenda ao Congresso Nacional. A estratégia joga luz, no Espírito Santo, no deputado estadual Capitão Assumção, o segundo mais votado nas eleições deste ano à Assembleia Legislativa, com 98,6 mil. Um dos principais representantes do bolsonarismo por aqui, ele disputou a Prefeitura de Vitória pelo Patriota em 2020, valendo-se dessa bandeira, mas obteve resultado pífio: 7,22%. O resultado negativo do grupo se repetiu em outros municípios, o que foi superado em parte na disputa deste ano, abrindo perspectivas para 2024. A prevalecer a atual polarização, o que não dá qualquer sinal de arrefecer, mesmo no contexto de eleição municipal, Assumção chegará ao pleito, tudo indica, em melhores condições para enfrentar, ao menos, dois grupos que também delimitaram seus terrenos: do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos), candidato natural à reeleição, e do PT, que poderá contar novamente com João Coser, eleito à Assembleia, ou a filha, vereadora Karla Coser, já cotada algumas vezes a alçar voo mais alto em breve. O ano não acabou, a posse de 2023 ainda não veio, mas a próxima eleição, vale lembrar: é sempre "pra ontem"!

Terreno
Na Capital, assim como no Estado, Bolsonaro liderou a disputa deste ano. Foram 54,7% no segundo turno contra 45,3% do presidente eleito, Lula (PT). Número mais alto do que da primeira fase da disputa, quando chegou a 48,18%.

Terreno II
Já o candidato bolsonarista ao governo, Carlos Manato (PL), ficou atrás do governador reeleito, Renato Casagrande (PSB), em Vitória. O placar foi de 58,7% a 41,2% no segundo turno e de 49,86% a 34,16% no primeiro.

Terreno III
Na eleição ao Senado, Magno Malta (PL), eleito, ficou pouco atrás de Rose de Freitas (MDB), menos de 2%. O vereador Gilvan da Federal (PL) foi o mais votado à Câmara Federal, com 14,7 mil (7,38%), enquanto Assumção bateu 16,3 mil (8,12%), atrás apenas de Camila Valadão (Psol).

Prioridade
Outro nome bolsonarista que poderia entrar no jogo de 2024 seria, portanto, Gilvan da Federal. Mas a trajetória de Assumção até aqui e a vitrine que manterá na Capital nos próximos anos, com a Assembleia, não deixam, por ora, dúvidas de que ele será a aposta do PL e do projeto bolsonarista.

Salto
Em 2018, Assumção chegou à Assembleia com 27,7 mil votos, bem abaixo da atual votação, com marca de opositor ao ex-governador Paulo Hartung (ex-MDB), ainda no efeito do movimento que surgiu após a greve da Polícia Militar, a maior crise enfrentada pela gestão passada. Na disputa à Prefeitura de Vitória, o resultado das urnas chegou a apenas a 12,3 mil, distante de oferecer riscos aos adversários.

Em aberto
A propósito, do grupo bolsonarista principal do Estado, permanecem as perguntas, após as derrotas deste ano: Manato vai mesmo se aposentar? E sua mulher, a deputada federal Soraya (PTB), novos planos? Tenente Assis (PTB) vai se cacifar para disputar de novo a Prefeitura de Cariacica? Torino Marques (PTB), o que fará, caso queira se manter na carreira política?

Juntos
Após uma campanha afastada, por estratégia para angariar votos bolsonaristas no Estado, Casagrande e Lula se reuniram na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27), nesta quarta-feira (16), no Egito. O governador preside o Consórcio Brasil Verde e coordena a coalizão Governadores pelo Clima.

Juntos II
Com a participação de outros governadores, o encontro tratou dos rumos ambientais do País após a posse de Lula, em janeiro, e das parcerias planejadas pelos estados com o governo federal na questão das mudanças climáticas. Por aqui, sempre importante dizer: se não for para colocar freio nas grandes poluidoras, como Vale e ArcelorMittal, nenhuma ação será efetiva, de fato.

Nas redes
"Alô, Ibitirama! Linda festa, com meu amigo prefeito e candidato à reeleição Ailton Véin [PSDB], candidato a vice-prefeito Rogerio Almeida [União], meu amigo Gilson Daniel [Podemos, deputado federal eleito] e lideranças! No dia 27, Ibitirama votará 45, para a cidade continuar no rumo certo!". Vandinho Leite, deputado estadual pelo PSDB, já em campo para a eleição suplementar.

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'Dominado'

Com Manato, Magno e eleição de deputados, bolsonarismo consolida força e terreno no Estado
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