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Corpo fora

Apesar das garantias de Casagrande e do apoio de Marina Silva, líder da Rede-Audifax, palanque de Lula deve se manter restrito no Estado

Leonardo Sá

A estratégia do governador Renato Casagrande (PSB) de não abraçar o palanque presidencial de Lula, o que seria condição para a aliança firmada com o PT, registra mais um capítulo nesta segunda-feira (12). É que, apesar das declarações de voto e de que faria campanha exclusiva, Casagrande não faz nenhuma referência ao candidato petista em suas propagandas e materiais eleitorais, ausência que seria motivo de cobrança do PT, mas com mudança já descartada no primeiro turno pelo presidente estadual do PSB, Alberto Gavini, como apontou a Coluna Estadão. A situação relatada envolve o Espírito Santo e o Pará, estados onde a campanha do PT quer intensificar a presença do ex-presidente. Por aqui, para refresco de memória, a última pesquisa Ipec/Rede Gazeta indicou empate técnico entre os nomes que polarizam a disputa, Lula e Jair Bolsonaro. Em outro campo, o apoio ao petista da principal liderança da Rede, a ex-ministra Marina Silva, também não deve alterar o cenário envolvendo a candidatura do ex-prefeito da Serra Audifax Barcelos (Rede). Como ocorre até agora, ele não sinaliza fazer qualquer movimento em direção à disputa nacional. Pelo contrário! Audifax tem rejeitado abordar essa eleição, assim como ignora, também, a ligação com o Psol, que integra federação com seu partido. Os cenários, obviamente, reservam suas diferenças, mas mostram, cada vez mais, que a campanha de Lula, por enquanto, deverá ficar mesmo restrita aos seus correligionários e à militância. E, mesmo assim, nem todos!

Diferenças
Nas propagandas na TV e no rádio, tem candidatos do PT que fazem questão de citar Lula, outros, nada. A história se repete nas redes sociais. Algumas, como do deputado federal Helder Salomão e da deputada estadual Iriny Lopes, inserem Lula em tudo. Já do ex-prefeito de Vitória João Coser, até as cores do banner são bem diferentes, sem marcar o tradicional vermelho. O fundo da foto de Coser é…amarelo!

De tudo um pouco
A alegação de Gavini para não inserir Lula é a mesma de Casagrande: a ampla aliança formada em torno da candidatura à reeleição, que tem partidos como o PDT e MDB, ambos com palanques presidenciais, respectivamente, de Ciro Gomes e Simone Tebet.

Para o 2º turno…
Gavini também deixou em aberto: “podemos discutir”.

Distância
Recentemente, eu já havia publicado aqui na coluna a ausência de Lula na campanha de Casagrande e outro eco emitido para fora do Estado, de que ele pretende evitar a nacionalização da disputa ao governo e, inclusive, as visitas ao Estado da chapa Lula-Geraldo Alckmin (PSB).

Distância II
O entendimento é de que a presença dos dois poderá respingar na liderança nas pesquisas divulgadas até agora, já que seu concorrente principal, Carlos Manato (PL), é representante do bolsonarismo e explora a questão, bem como gerar incômodos às demais legendas do seu arco de aliança.

Efeitos
No caso da Rede, a legenda já havia aderido, partidariamente, ao palanque de Lula, mas faltava a manifestação pessoal de sua principal liderança, após anos de afastamento do PT, resultado de ataques recebidos na disputa presidencial de 2014. O anúncio também acena para a meta da Rede de voltar a eleger bancada na Câmara dos Deputados. Ninguém do Estado é cotado entre os “cabeças”.

Votos de Manato
A propósito, a vice de Audifax, Tenente Bombeira Andresa, tenta atrair votos de sua categoria, que é ligada ao bolsonarismo, e, no Estado, fechou apoio a Manato, por meio de entidades representativas. Em vídeo de campanha, ele se dirige diretamente às forças de segurança, relata problemas como suicídio, e diz: “Audifax foi o único candidato que se lembrou de nós”.

Sola de sapato
O deputado estadual Hércules Silveira (Patri), que tem base eleitoral em Vila Velha, circulou por lá esses dias com Guerino Zanon (PSD), apresentando-o como seu candidato ao governo. Dr. Hércules, não é novidade, rompeu com Casagrande.

Nas redes
“É nítido que a educação nunca foi prioridade em nosso país. Já são nove anos de congelamento, e as bolsas de mestrado e doutorado atingiram, em 2022, o menor valor real em três décadas. Um pesquisador brasileiro não tem incentivos básicos para seguir estudando. Assim, nosso país perde os melhores e segue tendo sua educação atrofiada por políticas públicas que abandonam a pesquisa e os acadêmicos”. Sergio Majeski, deputado estadual pelo PSDB.

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Fora do radar

Apesar de declarar voto em Lula, ecos para fora do Estado indicam que Casagrande ainda quer manter distância da eleição presidencial


https://www.seculodiario.com.br/socioeconomicas/fora-do-radar-1

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