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Escanteio

Nem Neucimar, nem Evair: “crédito” (há controvérsias) de Bolsonaro para criação de universidade em Alegre foi dado a Magno Malta
Leonardo Sá

O primeiro bolsonarista, deputado federal Neucimar Fraga (PSD), é o autor do projeto de fragmentação dos centros da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), no sul do Estado, para criação da Universidade Federal de Alegre. Há meses faz campanha e se coloca como protagonista da proposta. O segundo bolsonarista, que é inclusive vice-líder do Governo na Câmara dos Deputados, Evair de Melo (PP), é autor de outra matéria, que dá à instituição o nome de Universidade Federal do Vale do Itapemirim (UFVI), e também circula por aí e nas redes sociais repetindo “nossa universidade”. O terceiro bolsonarista nem cargo no legislativo tem mais, no entanto, é quem tem levado o crédito (há controvérsias) do presidente Jair Bolsonaro. Após dias da repercussão do assunto, vídeo publicado nas redes sociais pelo ex-senador Magno Malta (PL) nessa terça-feira (26), mais uma vez, não tem pra Neucimar, nem pra Evair, assim como ocorreu há duas semanas. O presidente reiterou que a “brilhante ideia veio do Magno Malta e o ministro da Educação [Milton Ribeiro] prontamente atendeu”, finalizando com um “parabéns”. Quer dizer, apesar do esforço para levar o título de pai da criança, os demais foram jogados para escanteio.

Escanteio II
No início deste mês, Evair divulgou que foi o responsável por “anos de intensa articulação política”, desde 2015, para criação da universidade, e que entregou cartas de apoio ao ministro da Educação. Neucimar, do mesmo jeito, tem postado incontáveis vídeos para marcar seu nome no projeto. Enquanto isso, Bolsonaro…

Interesses
As controvérsias citadas lá em cima se referem às reações da comunidade universitária, com notas de repúdio, por considerar o projeto político-eleitoral, nada preocupado com a educação de fato, e elaborado sem qualquer diálogo. Mas os bolsonaristas acreditam que gera bônus, e, por isso, correm atrás dele.

Palanques
Nos casos acima, Neucimar e Evair são candidatos à reeleição no próximo ano, enquanto Magno tentará retornar ao Senado, com apoio de Bolsonaro, que também já gravou vídeo com ele nesse sentido. Evair já disse, também, ter interesse no Palácio Anchieta, como representante do presidente, mas ainda não convenceu o mercado.

Pra inglês ver
Criada em abril deste ano, após pressão popular decorrente de episódios de machismo e agressões verbais, a Corregedoria-Geral da Câmara Vitória, como esperado, mantém a tradição corporativista desse tipo de colegiado em casas legislativas e segue se omitindo em questões sérias e que exigem respostas. Neste caso, todas envolvendo o vereador bolsonaristas Gilvan da Federal (Patri).

Pra inglês ver II
Já foram para as gavetas o processo por quebra de decoro protocolado pela vereadora Camila Valadão (Psol), alvo constante de Gilvan, e, nessa quarta-feira (27), o movido pelo Sindicato dos Jornalistas do Estado (Sindijornalistas-ES), devido a agressões à imprensa. E assim será sempre, apesar das barbaridades cometidas pelo vereador bolsonarista, quase todos os dias.

Pra inglês ver III
Importante sempre lembrar os nomes: corregedor-geral, Anderson Goggi (PTB), Duda Brasil (PSL), Maurício Leite (Cidadania) e André Brandino (PSC). Somente Camila Valadão (Psol) destoa das decisões.

Posto máximo
Circulando todo o Estado, ativa nas redes sociais, e candidata à Câmara Federal em 2022, a vice-governadora Jacqueline Moraes (PSB) assume o posto máximo do Palácio Anchieta nesta sexta-feira (29), devido à viagem de Renato Casagrande para Escócia, no Reino Unido, onde participará da 26ª Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas (COP-26).

Posto máximo II
Como será a temporada dela como governadora, veremos nos próximos dias. Mas, sem dúvida, fará bom proveito, capitaneando ainda mais holofotes políticos.

Nas redes
“A universidade que funciona no sul do Espírito Santo já existe e tem nome: é Ufes. Não há o que criar sobre uma universidade que já existe. Essa proposta de fragmentação não é fortalecer o ensino superior, é atacar e prejudicar a força dessa instituição, que tem 67 anos de história. Ao fazer isso, o governo vai apenas aumentar os gastos e não vai criar novas vagas para estudantes. É absurda essa proposta, e não podemos permitir que isso aconteça!”. Helder Salomão, deputado federal pelo PT.

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