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Mapa do interior

A corrida atrás dos votos de Ricardo Ferraço, Arnaldinho Borgo e Lorenzo Pazolini

Redes Sociais

As três lideranças políticas que hoje tentam demarcar território para o governo do Estado em 2026 acessam cada vez mais o interior para o teste de popularidade e a busca por votos. O vice-governador, Ricardo Ferraço (MDB), está “nas cabeças” nessa estratégia, beneficiado pela máquina estadual. Com ou sem o governador Renato Casagrande (PSB), participa de tudo quanto é evento e solenidade, grava vídeo com prefeitos e recebe declarações públicas de apoio, além de exaltar investimentos vultosos para os municípios. Nos últimos dias, foi de norte a sul do Estado, ao percorrer cidades como Aracruz e Anchieta, administradas por gestores aliados, sem contar as agendas com Casagrande. O prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (sem partido), que anunciou há poucos dias que vai rodar as cidades capixabas para pavimentar seu palanque, já tinha passado por Guaçuí e Muqui – onde o prefeito Camarão (PL) declarou apoio a Ricardo -, e foi para Santa Teresa, na região serrana, onde rolou um festival de jazz. O “tour” de Arnaldinho será apenas aos finais de semana, como o próprio informou, mas deve se intensificar a partir de agora, no embalo do artigo que o colocou de vez no jogo, apesar do obstáculo chamada Ricardo Ferraço, já que os dois são do mesmo grupo e o vice está na primeira posição da fila de sucessão. O terceiro nome do tabuleiro é o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), que já vinha dando umas circuladas desde janeiro, parou, e acaba de voltar. O projeto lançado por ele, chamado “na feira com Pazola”, ultrapassou os limites da Capital, chegando a municípios como Cariacica e Viana, que são do arco de apoio a Ricardo. Ele também retornou ao interior – a visita mais recente foi a Aracruz, no mesmo evento do vice. A busca por municípios de fora da Grande Vitória é demanda urgente para Arnaldinho e Pazolini, que têm alcance e eleitorado ainda muito restritos e concentrados. Já Ricardo furou essa bolha em disputas anteriores, porém tem tempo que não é testado diretamente nas urnas, enquanto Arnaldinho e Pazolini vêm no gás das eleições de 2024, quando cresceram de tamanho político. Quer dizer…a briga é boa!

Tese eleitoral

O argumento de Arnaldinho para fazer frente a Ricardo e se consolidar como candidato de Casagrande ao governo, reforçado no artigo que publicou em A Gazeta, é que a população quer uma nova geração de políticos. Acho que faz sentido – eu mesma já o coloquei mais de uma vez aqui na coluna como o adversário ideal de Pazolini -, mas falta ainda convencer um tanto de gente.

Perguntas

As forças que têm convergido em torno de Ricardo fariam o mesmo com Arnaldinho candidato? Casagrande deixaria de disputar o Senado para viabilizar um nome mais competitivo, a depender as pesquisas, garantindo a manutenção do poder no seu grupo? Entregando o cargo para o vice no início do próximo ano, será dele o direito de disputar…e, aí, Arnaldinho recuaria? A considerar o retrato atual, ele não parece nada disposto a recuar.

‘Renovação’

O partido Novo reiterou a candidatura do vereador de Vitória Leonardo Monjardim ao Senado em 2026. O nome dele foi submetido à executiva estadual, com decisão unânime, como anunciou o presidente da legenda no Estado, Iuri Aguiar, que vende o projeto como “renovação da política capixaba no Senado”.

Planos

A candidatura de Monjardim, diz Iuri, também mira na construção de um palanque majoritário para uma possível campanha presidencial do governador de Minas Gerais, Romeu Zema. A sigla quer ainda chapas competitivas para as disputas proporcionais, para superar a cláusula de barreira. Na Assembleia Legislativa, a meta é fazer duas cadeiras.

‘Abarrotado’

Monjardim e o Novo, como se sabe, sempre foram alinhados a Pazolini, tanto que o vereador é líder do Governo na Câmara. Mas, nas atuais articulações, já declararam que não têm compromisso fechado para 2026. Por ora, as candidaturas ao Senado nesse campo estão empacadas e congestionadas.

‘Abarrotado’ II

Orbitam ao redor de Pazolini o ex-governador Paulo Hartung (PSD), que não crava se será candidato; o deputado estadual Sergio Meneguelli (Republicanos); o deputado federal Evair de Melo (PP); e o ex-deputado federal Manato (PL), que procura outra legenda para se viabilizar. Maguinha Malta (PL), filha do senador Magno Malta (PL), é outro nome, mas uma composição de chapa nesse caso ainda é uma incógnita.

Na área

Por falar em Pazolini e no Republicanos, o presidente estadual do partido, Erick Musso, cotado à eleição à Câmara dos Deputados, lançou um slogan nas redes sociais: “Onde o ES fala, o Erick escuta”. Ele vai deixar em breve o cargo de secretário de Governo do aliado, para se dedicar às articulações eleitorais, incluindo as conversas sobre a federação com o MDB, a qual pretende liderar no Estado.

Que situação…

A deputada estadual Iriny Lopes sofreu três fraturas no punho decorrente da confusão instalada no debate da eleição do partido realizado nesse sábado (14), em Vitória. Militantes dos lados concorrentes, Jack Rocha versus João Coser, se estranharam, o que desandou para briga e baixaria. Iriny foi tentar apartar e caiu. O assunto foi comentado pelo presidente da Assembleia, Marcelo Santos (União), nesta segunda, que a saudou: “sã e salva!”.

Nas redes

“Conversa produtiva entre quem acredita na política como ferramenta de transformação. Satisfação em exercer a liderança do governo e construir pontes que beneficiam nossa cidade (…). O futuro nos espera e a renovação é certa”. Leonardo Monjardim, vereador pelo Novo, ao lado do prefeito Pazolini.

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