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Omissão coletiva

Erick e Hudson Leal são chamados à responsabilidade sobre ataques à imprensa na Ales: Sindijornalistas vai à Justiça

Leonardo Sá

Os sucessivos ataques feitos por deputados à imprensa capixaba no plenário da Assembleia Legislativa e, agora, nas sessões virtuais, serão levados à Justiça pelo Sindicato dos Jornalistas do Espírito Santo (Sindijornalistas), para garantir o cumprimento de “prerrogativas constitucionais e democráticas e a proteção e indenização aos profissionais agredidos”, como aponta nota da entidade divulgada nesta quarta-feira (1). Não só serão acionados os parlamentares autores dos discursos, como os demais, por omissão. A decisão foi anunciada no mesmo dia em que o deputado Torino Marques (PSL), novato em política e que vive a se gabar da sua carreira jornalística, voltou sua mira mais uma vez à própria categoria, depois de criticar o projeto das fake news aprovado no Senado. Também nesta semana, Capitão Assumção (PSL), como tem ocorrido desde o início do mandato, falou mais uma lista de absurdos e xingamentos ao se referir à imprensa, na tentativa de explicar sua citação em denúncias sobre o “Gabinete do Ódio” do Estado. Apesar desse comportamento ter virado uma máxima por aqui, repetindo a estratégia em campo nacional puxada pelo presidente Jair Bolsonaro, os ataques, de fato, passam ilesos na Assembleia, com raríssimas intervenções. Tem colega de plenário que, pelo contrário, até bate palma. Por essas e outras, o Sindijornalistas cobra as devidas providências do presidente da Casa, Erick Musso (Republicanos), e do corregedor-geral, Hudson Leal (Republicanos), para interromper a propagação dos “crimes de injúria, calúnia e difamação”. O silêncio, reforça a entidade, “nivela e mancha a imagem dessa Casa de Leis”.

‘Manto da imunidade’
O Sindijornalistas não cita os nomes dos deputados que têm feito pronunciamentos nesse sentido, mas afirma que considera os casos graves e critica que os parlamentares se “utilizem indevidamente de imunidade parlamentar para propagar discurso de ódio e até mesmo ameaças a cidadãos jornalistas e toda imprensa”.

‘Manto da imunidade II’
A nota manifesta ainda “profundo pesar à Assembleia, por manter imunes deputados que sequer cumprem seus deveres constitucionais” e defende que “calúnia, injúria e difamação não podem ser aceitas como discurso parlamentar”.

‘Manto da imunidade III’
A defesa irrestrita do jornalismo profissional de qualidade e contrário a qualquer intimidação também foi reforçada pela entidade. “Do mesmo modo que para exercer o jornalismo é preciso ética e respeito, exercer atividade parlamentar com real benefício à sociedade também precisa de moral, ética, respeito, responsabilidade e compromisso com a verdade”.

Gavetas
A considerar os já incontáveis casos relacionados a Assumção no plenário da Assembleia, porém, fica difícil, quase impossível, esperar alguma medida de Erick Musso e do corregedor-geral, Hudson Leal. O que já apareceu, após ele oferecer recompensa de R$ 10 mil para quem matasse o assassino de uma jovem, todo mundo sabe onde foi parar…nas gavetas.

Gavetas II
Aliás, nunca é demais perguntar: passa legislatura, entra legislatura…pra que serve mesmo a Corregedoria da Assembleia?

Disparou
O deputado estadual Theodorico Ferraço (DEM) gostou dessa história de sessão virtual. Depois de meses sumido do plenário, ele vinha retomando alguns discursos, coisa e tal, mas ainda apagado. Agora, disparou de vez: todo dia tem Ferraço.

Campanha
A propósito, sua mulher, a deputada federal Norma Ayub (DEM), tem se reunido também de forma online para articular sua candidatura à prefeitura de Marataízes, sul do Estado, em tempos de pandemia. Ela ainda espera percorrer o município antes do pleito. Sei não, viu…

‘Prioridades’
O deputado estadual Sérgio Majeski (PSB) criticou nas redes sociais que em meio à pandemia e à crise econômica, parte dos deputados (em especial do centrão) quer ressuscitar a propaganda partidária! “Inacreditável”, destacou.

Não essencial
Assim como Vitória, a Câmara de Vila Velha aprovou, em regime de urgência, projeto do vereador Reginaldo Almeida (PSC) que considera as igrejas e templos religiosos como atividade essencial. Ou seja, podem abrir em plena pandemia, apesar dos elevados números de casos e mortes registradas diariamente no Estado. Reginaldo é líder na Casa do prefeito Max Filho (PSDB), a quem caberá a sanção.

PENSAMENTO:
“O sábio que tudo sabe é aquele que sabe que nada sabe”. Platão

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