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Providências

Bolsonaristas na casa da mãe de Casagrande: deputados falam em crimes e cobram repúdio de Erick Musso

Ellen Campanharo/Ales

Os discursos na Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (15) sobre o protesto realizado por bolsonaristas em frente à casa da mãe do governador Renato Casagrande, nesse domingo (14), com participação ativa do deputado Capitão Assumção (Patri), foram até poucos, considerando o tamanho do absurdo, mas para além das críticas aos negacionistas, politização da pandemia e locais percorridos – também estiveram onde mora o governador -, apontaram crimes (injúria, calúnia e difamação), agressões e arbitrariedades, além de cobrar posicionamento da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. O pedido foi feito por Bruno Lamas (PSB), que indicou a publicação de duas notas: uma de repúdio, outra de solidariedade à Dona Anna, de 88 anos. Marcelo Santos (Podemos), que presidia a sessão, economizou nas palavras. Falou apenas que “manifestar-se é direito de todos, mas tudo na vida tem que ter o devido respeito”, e informou acatar a nota de solidariedade, mas não a de repúdio, que segundo ele, caberia ao presidente Erick Musso (Republicanos), ausente em plenário na ocasião. O caso teve repercussão nacional, reações de várias lideranças políticas, e foi além da dinâmica de atos do mesmo grupo espalhados pelo País e realizados simultaneamente. Um “show de horror”, tratado com muita naturalidade e diversão nos vídeos publicados nas redes sociais, apesar dos inúmeros xingamentos, avisos de repetição “todos os finais de semana”, e frases como “estamos na cola do governador”, “vem enfrentar a gente” e “sabemos onde mora sua mãe”.

Providências II
Outro ponto importante: do alto do trio elétrico, foi anunciado, mais de uma vez, que a informação de que Casagrande estaria na casa da mãe foi passada pela própria inteligência do governo. Assim, os bolsonaristas saíram da rua onde ele mora e seguiram para o bairro de Dona Anna. Blefe ou não, é grave, e precisa ser investigado.

Resultado…
Com o tom do protesto, Dona Anna precisou deixar a própria casa, em pleno domingo e no meio de uma pandemia, que está em sua pior fase. Qual definição se dá para isso?

Todas as opções abaixo
O líder do Governo, Dary Pagung (PSB), usou “insano”; Emílio Mameri (PSDB) “falta de sensibilidade e coerção”; Freitas e Lamas, do PSB, “desrespeito, crime, falta de limites”; e Iriny Lopes (PT) reforçou “crime contra toda Anna” e “ilegalidade”.

Respostas
Também dominaram os discursos cobranças por medidas contra as pessoas que lideraram a iniciativa e pedidos como “os “capixabas não podem tolerar”; “temos que agir”; e “punição severa”. Mas, olha só…

‘Meu nome, não’
…Assumção só reagiu à deputada Iriny Lopes. A alegação: citou seu nome em plenário. O militar falou alto, criticou o mandato de Iriny e atacou o PT e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

‘Meu nome, não II’
Pergunta que não quer calar: se o deputado participou ativamente do ato e fez questão de publicar tudo nas redes sociais, porque não pode ter o nome citado, mesmo?

Não cabe
Depois da sessão, Iriny reforçou nas redes sociais: “Protestos contra o governo se fazem diante do Palácio [Anchieta], porque a crítica é institucional, à conduta política. Por isso, não cabe qualquer ato em frente à casa da pessoa Renato Casagrande. Menos ainda na residência de sua mãe, uma idosa de 88 anos que não é política e nada tem a ver com as decisões governamentais”.

Capítulos
A questão permanece em aberto na Assembleia e, tudo indica, terá desdobramento nesta terça-feira (16). Pelo sim, pelo não, Erick terá que se posicionar. É o mínimo.

Nas redes
“A indicação do médico Marcelo Queiroga para o Ministério da Saúde traz uma importante perspectiva de que teremos uma coordenação nacional eficiente, articulada com estados e municípios para frear a pandemia. Tempo, nesse caso, é vida”. Renato Casagrande, governador do Espírito Santo

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