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Reação em cadeia

Em movimento semelhante ao que ocorreu diante da especulação que levantou a possibilidade de Lenise Loureiro assumir a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Seama), o que acabou não acontecendo (ela foi anunciada para a Gestão e Recursos Humanos), entidades ambientalistas estão em campo para barrar a nomeação do ex-prefeito de Colatina Leonardo Deptulski (PDT) para a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), cargo que ele ocupou de meados de 2017 até abril deste ano, quando se desincompatibilizou para uma candidatura pra lá de derrotada à Câmara Federal, em outubro passado. A cotação do nome dele, nos últimos dias, gerou manifestações de “repúdio total” da Juntos-SOS Espírito Santo Ambiental, que reúne outras ONGs locais representativas, e também da sociedade civil organizada. Além de não ter dito a que veio nesse período da Agerh, Deptulski carrega a marca de ter conduzido muito mal, como prefeito, o caso do crime da Samarco/Vale-BHP. Enquanto a população do município estava em apuros, Deptulski blindava não só a responsabilidade do governador e aliado, Paulo Hartung, como das próprias poluidoras, a ponto de aparecer na imprensa com copo de água para provar a qualidade da mesma, apenas uma semana depois da lama tomar o Rio Doce, único ponto de captação do município. Politicamente, por estar no PDT, partido que tem acomodação garantida na gestão do governador eleito, Renato Casagrande (PSB), o nome de Deptulski não soa improvável, pelo contrário. Mas, por outro lado, contraria a máxima de que o socialista não repetirá quadros do principal adversário, Paulo Hartung. E aí, Casagrande?

Técnico

Antes de Deptulski ganhar força, um nome que havia ressurgido nos bastidores, também para a Agência, foi de Fábio Ahnert, que ocupou cargos nos dois governos, de Hartung e Casagrande. Mas, ao contrário do ex-prefeito de Colatina, cuja indicação é apontada pelas entidades como “armadilha e erro”, Ahnert não tem sido rejeitado, por ser considerado um quadro técnico. 

Técnico II

Fábio atuou na área de Recursos Hídricos do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) e, inclusive, na criação da Agerh, sendo seu primeiro presidente. Está sumido dos holofotes, mas a informação é de que é efetivo da Seama. Aliás…

Mistério

…e esse nome para o Meio Ambiente, sai ou não sai? Último que apareceu, na semana passada, foi de Mário Louzada, do sul do Estado, e que já foi superintendente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). 

Propaganda enganosa

Enquanto isso, o atual secretário, Aladim Cerqueira, aproveita o final do mandato na Polônia, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 24). Diz ele que foi apresentar o programa Reflorestar. “O ES está contribuindo efetivamente com as metas de recuperação de florestas do Brasil”. Quem não conhece…

Peso pesado

Voltando a Deptulski, pesa ainda contra ele vários “abacaxis” judiciais e sua ligação com Hartung, mantida até hoje. O ex-prefeito, só para lembrar, era da cota do PT no governo, que trocou o partido pelo cargo, quando a Nacional determinou o desembarque da atual gestão. Começou como assessor especial da Seama e depois foi pra Agência de Recursos Hídricos.

Valorizou o passe

Por falar na formação do secretariado, o deputado federal Evair de Melo (PP) foi o único, até agora, a publicar uma carta aberta para dizer que não aceitou convite de Casagrande, feito na última sexta-feira (7), para assumir uma secretaria, no caso a de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca. Honrado, feliz, aquela história toda, disse que “é hora de abrir mão de uma realização pessoal, para atuar pelo coletivo”. 

Balde de água fria

A decisão de Evair, que contraria um desejo manifestado nos bastidores por ele lá atrás, no início das articulações, barra a estratégia de Casagrande e de Marcus Vicente de garantir a permanência do presidente do PP no Estado na Câmara. Vicente, como se sabe, é o primeiro suplente da coligação e recebeu críticas em todas as áreas que teve o nome cogitado para compor o próximo governo até agora. 

Difícil solução

A movimentação revela, também, que não está fácil para Casagrande fechar o tabuleiro dos cargos destinados aos partidos de sua base. Além de Vicente, o deputado federal Paulo Foletto (PSB), reeleito, também já apareceu como interessado na Agricultura. Quem vai assumir, afinal?

'PHRT'

Depois de denunciar no plenário da Assembleia ilegalidades de Hartung na licitação do aeroporto de Vitória para favorecer amigos empresários, como Nelson Saldaha (Cepemar), o deputado Euclério Sampaio (DC) falou de manobra semelhante em Guarapari. Esta consistiria em tirar, ainda este mês, o Radium Hotel da prefeitura para entregar à Federação do Comércio do Estado (Fecomércio) ou ao MedSênior planos de saúde. A sigla que dá título a essa nota foi criada por Euclério: 'PH Raspa o Tacho'.

Despedida

Hartung realizou, nesta segunda, uma reunião com membros da equipe de governo, a última antes sair do Palácio Anchieta. Com secretários, subs e dirigentes de órgãos vinculados, exatamente aqueles que mais conhecem o discurso/repertório do governador. Adeus (finalmente), mantra?

Despedida II

“Estamos fechando um ciclo com chave de ouro”, anunciou Hartung. Depois de falar de seus assuntos preferidos, o governador levantou o vice, César Colnago (PSDB), a quem não ajudou na disputa à reeleição deste ano.

PENSAMENTO:

“Cuidado com a fúria de um homem paciente”. John Dryden

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