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Eleição na Serra: “marca Vidigal” se mantém “vivíssima”, e Casagrande pega o embalo

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A vitória na Serra do estreante em eleição, Weverson Meireles (PDT), nesse domingo (27), provou que a “marca Vidigal” se mantém “vivíssima” no município. Deixou para trás, logo no primeiro turno, um adversário conhecido e com eleitorado cativo, o ex-prefeito Audifax Barcelos (PP), e conseguiu fazer o que no início da campanha parecia impossível: emplacar um até então completo desconhecido da população como prefeito. Embora caminhe ao lado de Vidigal há muitos anos, Weverson nunca havia ultrapassado os muros do partido e das gestões municipais. Não à toa, as primeiras movimentações acentuaram, logo de cara, que este seria o principal desafio do palanque, e assim foi, porém superado com muitas andanças pela cidade, com Weverson e Vidigal colados e misturados durante todos esses meses. Outra façanha do atual prefeito, que se sabe não é nada simples, foi a ampla capacidade de transferência de votos, com um resultado folgado: 60,4% contra 39,4% do adversário, Pablo Muribeca (Republicanos). Vidigal sai dessa eleição como o grande vencedor, e pega embalo no cenário favorável o governador Renato Casagrande (PSB), segundo cabo eleitoral mais importante de Weverson desde a fase inicial da disputa, o que veio na esteira de vultosos investimentos na Serra. Vidigal “deixará” o cargo no próximo ano, mas permanecerá jogando as cartas. Ele ainda não sinaliza planos para 2026, mas se cacifa a ter lugar de destaque na mesa de articulações. E Casagrande, que mira o Senado e precisa garantir seu grupo no poder, fechou agora o maior colégio eleitoral do Estado, somando três municípios estratégicos da região metropolitana: Serra, Vila Velha e Cariacica, e ainda Viana. Musculatura ideal para tentar fazer frente à Capital, liderada pela oposição, que vem com tudo para o próximo pleito. 2026 é logo ali!

Espaços

Quem também consolidou um “lugar ao sol” nessa história foi o vice-governador e presidente estadual do MDB, Ricardo Ferraço. Ele se empenhou na campanha, inclusive em carreatas, e fez a vice do partido na chapa, a delegada Gracimeri. Para uma legenda que definhou nos últimos anos, levar dois vices na Grande Vitória não é de se desprezar – o outro é Fábio Dias, de Viana.

Espaços II

Numa boa ficou ainda o deputado estadual e presidente do PSDB, Vandinho Leite. O partido estava com Audifax, ofereceu a vice da chapa, Nilza Cordeiro, e amagou uma derrota inesperada pelo mercado. Nas reformulações para o segundo turno, escolheu Weverson, e agora tem campo para delimitar. Afinal, “não existe almoço grátis”.

Meta pessoal

Não poderia faltar, aqui, o deputado estadual Hudson Leal, que apesar de integrar o mesmo partido que Muribeca, travou com ele uma guerra e era um dos principais interessados nessa derrota. Médico, Hudson investiu em derrubar o enredo de Muribeca sobre a saúde da Serra, com denúncias e críticas. Ele também estava com Audifax e aderiu à campanha de Weversom. Os efeitos desses capítulos dentro do partido, ainda veremos…

Round serrano

Festa para lideranças do palanque de Weverson/Vidigal, balde de água fria para os cabos eleitorais de Muribeca. O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini mergulhou de cabeça na campanha do correligionário no segundo turno, mas não suficiente para garantir a tão vendida virada. No embate da Serra Casagrande x Pazolini, o governador levou a melhor.

Round serrano II

O mesmo serve para bolsonaristas do PL. Com a derrota de Igor Elson, lideranças gravaram vídeos e pediram votos para Muribeca, propagando o discurso de derrotar a esquerda. Entraram nessa o próprio Igor, os deputados estaduais Lucas Polese e Callegari, Coronel Ramalho, que perdeu a eleição em Vila Velha…como diz o ditado, “deram com os burros n’água!”.

Não vingou

A estratégia da virada de Muribeca veio também com a divulgação, na reta final da votação, de uma pesquisa ao contrário de todas as outras. O deputado espalhou, sem mais detalhes, dados atribuídos ao Instituto Direta, em que ele apareceria na frente, com 46,4%, e Weverson com 42,6%. Quer dizer, muito longe do resultado real das urnas.

Não vingou II

Esse bombardeio de números em tom de reviravolta, vale lembrar, foi a estratégia utilizada também em Vitória por Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB). A campanha do tucano passou dias propagando dados da AtlasIntel, que foram parar na Justiça, e indicavam superação de João Coser (PT), além de segundo turno contra Pazolini. Nem sinal desse cenário, e a fatura logo foi liquidada.

Lavaram as mãos

Um dado não pode deixar de ser mencionado sobre a votação desse domingo: 120,2 mil eleitores da Serra não compareceram às urnas, o equivalente a 33,1%. O total supera o eleitorado de Muribeca, que marcou 90,2 mil. Mesmo quadro foi registrado em outros municípios do País. Que coisa, hein?!

Nas redes

“(…) Iniciamos um novo capítulo, que será ainda mais próspero e grandioso (…) Weverson será um excelente prefeito (…) Com ele, vivenciaremos um marco de desenvolvimento, responsabilidade empatia, priorizando quem mais importa: você (…)”. Sergio Vidigal, incensando o pupilo após o resultado das urnas.

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