segunda-feira, dezembro 9, 2024
30.5 C
Vitória
segunda-feira, dezembro 9, 2024
segunda-feira, dezembro 9, 2024

Leia Também:

‘Uni-duni-tê’…

Pasta da Saúde em debate: além de Nésio Fernandes e Tadeu Marino, outro nome surge nos bastidores: Emilio Mameri

Tati Beling/Ales

Logo após ser confirmada sua reeleição nas urnas, o governador Renato Casagrande (PSB) deixou claro que serão efetivadas mudanças no secretariado, a partir de 2023. Não disse em qual pasta, nem quem, mas apontou: “novo governo, nova composição”. O cenário já era de se esperar, até porque, o governador tem pela frente a missão de contemplar aliados que integraram sua frente ampla de, nada menos, 11 legendas! Enquanto todas as secretarias a serem mexidas não são divulgadas, uma que já estava nas rodas de conversas, é cada vez mais alvo de sinalizações. Trata-se, com certeza, da Saúde! Nésio Fernandes passou os últimos anos levando bomba para todo lado e virou umas das principais munições utilizadas pelos bolsonaristas para atacar Casagrande, dentro do discurso de “comunismo”, “médico cubano”, e afins. Quadro do PCdoB, também enfrentaria resistências na própria classe médica, que, não é novidade, tem muitos apoiadores do presidente da República e ainda de prefeitos da mesma linha ideológica. Nésio está de férias desde o início da campanha do segundo turno, tudo indica, estrategicamente, período que acaba de ser renovado. Retornará ao cargo, portanto, já no final da gestão. Até lá, a cadeira tem sido ocupada pelo subsecretário de Planejamento da Sesa, Tadeu Marino, conhecido da área. Nos bastidores, é considerado um nome que agrega essas divergências, reduzindo ruídos e danos. Mas e no próximo ano, como ficará a Secretaria de Saúde? Nésio seguirá no comando? Tadeu subirá ou permanecerá como sub? Paralelamente, outra pessoa já apareceu no mercado como cotado: o deputado estadual Emilio Mameri. É médico, do PSDB, partido aliado ao governo, e tem experiência em gestão na Saúde: atuou com diretor do Hospital das Clínicas e foi secretário da pasta em Vitória. Outro ponto: não conseguiu se reeleger e deixa a Assembleia Legislativa no final deste ano. Seguimos de olho!

Destino
A possível saída de Nésio, que não há como negar, para fora, mostrou uma gestão responsável, deixa dúvidas, também, sobre sua outra alternativa de acomodação no próprio governo. Há meses, comenta-se que o interesse dele seria ocupar um cargo na gestão federal de Lula (PT). Além integrar legenda aliada, ele preside, desde março, o Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass). Até agora, porém, sem sinais claros nesse sentido.

‘Em casa’
Tadeu Marino, como se sabe, é outro que tem familiaridade com a gestão pública e com a pasta. Ele comandou a Secretaria Estadual de Saúde na primeira gestão de Casagrande e, na atual, foi nomeado subsecretário. Inicialmente, foi designado para o cargo até o dia 31 de outubro, período que acaba de ser renovado, sem indicar o final.

Bancada
Já Mameri, para além dos cargos nessa área citados acima, se despede do seu primeiro mandato na Assembleia. Com 16,3 mil votos, ficou na primeira suplência. O PSDB reelegeu Vandinho Leite, com 29,1 mil votos, e elegeu o ex-vereador de Vitória, Mazinho dos Anjos, com 20,7 mil. Nenhum dos dois com previsão de abrir espaço para Mameri.

Abrigos
Entre os aliados mais próximos de Casagrande, também deverão ser acomodados em cargos de destaque, todos do PSB, a atual vice-governadora, Jacqueline Moraes (PSB), e os deputados estaduais Freitas e Bruno Lamas. Os dois primeiros tentaram a Câmara Federal e Lamas a reeleição, sem êxito.

Dança das cadeiras
Freitas ficou na primeira suplência, com 39,7 mil votos, enquanto Jacqueline na terceira, com 29,8 mil. Antes dela, Gilvaldo Vieira, que já retornou ao cargo de diretor do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-ES). Nas últimas eleições, uma mexida no tabuleiro de aliados permitiu que Freitas, também na suplência, assumisse a cadeira de Lamas, nomeado secretário. A conferir, agora, a próxima dança das cadeiras.

Espaços
Outra certeza é a participação do PT na gestão estadual. Depois de sacrificar a candidatura ao governo do senador Fabiano Contarato, o partido fez campanha intensa para Casagrande no segundo turno. A contrapartida vem, mas com quem?

Espaços II
Os nomes atuantes da legenda hoje foram eleitos. O deputado federal Helder Salomão, campeão de votos, a presidente estadual, Jacqueline Moraes, também à Câmara, e, à Assembleia, o ex-prefeito de Vitória João Coser e a deputada Iriny Lopes. Coser, inclusive, já é apontado para a disputa à presidência da Mesa Diretora, apoiado por Casagrande.

Novatos
Por falar em Assembleia, cinco eleitos chegarão à Casa no próximo ano como estreantes em mandatos políticos: Tyago Hoffmann (PSB), Dr. Bruno Resende (União), Lucas Polese (PL), Lucas Scaramussa (Podemos) e Callegari (PL).

Nas redes
“(…) Para além do bloqueio de estradas por todo o país e manifestações pedindo a intervenção militar com o nítido objetivo de atentar contra a ordem democrática, agora elaboram listas absurdas e ilegais com nome de comerciantes e empresas que seriam simpáticas ao presidente eleito Lula (…). Vereadora de Vitória e deputada eleita, Camila Valadão (Psol), sobre as investidas bolsonaristas dessa semana.

FALE COM A COLUNA: [email protected]

Mais Lidas