Sábado, 15 Junho 2024

Vai, não vai...

paulo_gandini_leonardo_Sa_ales Leonardo Sá/Ales
Leonardo Sá/Ales
O mais recente encontro do grupo de centro que tenta se consolidar como terceira via na eleição em Vitória até reuniu outras lideranças partidárias, mas, no resumo, terminou do mesmo jeito: nada de definições que consolidem o palanque e os mesmos nomes no jogo. As seis legendas e as lideranças que se sentaram à mesa nessa terça-feira (21) já eram apontadas como atores das articulações do bloco, que orbita em torno do governador Renato Casagrande: PSB, PSDB, Cidadania, MDB, União Brasil e PSD. Os personagens e possíveis candidatos, idem, mudando apenas o fôlego buscado pelo deputado estadual Fabrício Gandini (PSD) nos últimos dias, com a saída de cena do colega de plenário Tyago Hoffmann (PSB). Ele e o ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) são os nomes que sobraram da movimentação inicial, após o famoso funil. A empreitada de erguer uma candidatura, principalmente contra o prefeito, Lorenzo Pazolini (Republicanos), ficará, portanto, com um deles, mas também não ficou claro com base em quais critérios. Em princípio, tem um prazo para isso: início de junho! Resta saber o palanque sai, definitivamente, ou se vem mais uma rodada de "cozimento eleitoral"...

Passos adiante
Luiz Paulo, como já analisado aqui, posa há muito tempo de candidato e, sem dúvida, vem liderando esse processo, com estrutura de campanha ativa. Hoje, não dá para imaginá-lo desistindo desse projeto. O tucano, inclusive, começou a citar diretamente Pazolini em críticas, o que se negava a fazer há pouco tempo.

Atrás do 'prejú'
Gandini tinha recuado e tenta recuperar o tempo perdido. Correu para se reunir com marqueteiro e já fez até promessa de campanha. Nessa terça, ele assinou um pacto com os aposentados, que protagonizaram um dos principais embates da gestão Pazolini. Diz o deputado que vai devolver R$ 4 milhões em prejuízos à categoria, decorrente da reforma da Previdência.

Repeteco
Vale lembrar que ele foi derrotado pelos mesmos atores em 2020: Pazolini e o deputado estadual João Coser (PT), que devem repetir a polarização e guerra eleitoral passadas. Na época, Gandini era o nome da sucessão do ex-prefeito Luciano Rezende (Cidadania).

'Poréns'
A considerar a pesquisa espontânea divulgada pela Futura Inteligência para a Rede Vitória, Luiz Paulo também teria preferência. O tucano, que vem com o slogan "o prefeito voltou", marcou 2,5%, enquanto Gandini 0,3%. Mas ambos muito atrás de Pazolini (32%) e de Coser (10,2%). O número de indecisos foi alto: 39%, e surgiram críticas ao hiato de um mês entre as entrevistas e a publicação dos dados – abril e maio.

Distâncias
A dupla do centro também ficou atrás da deputada estadual Camila Valadão (2,8%), que se mantém no páreo pelo Psol, apesar dos apelos para se unir a Coser logo no primeiro turno. Tyago Hoffmann tinha atingido menos ainda que Gandini, 0,2%. O outro candidato da Capital, do PL, deputado Capitão Assumção, chegou a 1,8%.

Só um aceno
Por falar em Luciano, ele chegou a aparecer nas movimentações do bloco, como possível candidato, lá no início, assim como o deputado estadual Mazinho dos Anjos (PSDB), que participou da reunião dessa terça. Os dois logo ficaram pelo caminho. Tyago resistiu até este mês, mas saiu dizendo atender a pedido de Casagrande.

Cartas na mesa
Os demais atores da recente conversa foram os presidentes estaduais do União Brasil, o secretário estadual de Meio Ambiente, Felipe Rigoni; e do PSDB, deputado estadual Vandinho Leite, ambos entusiastas do palanque de Luiz Paulo. O outro foi Sérgio Borges, que comanda o diretório municipal do MDB, liderado pelo vice-governador, Ricardo Ferraço.

Dentro-fora
Nessa mesma área, como se sabe, se apresentam o ex-deputado estadual Sergio Majeski (PDT) e a vice-prefeita, Capitã Estéfane (Podemos). Majeski ainda não entrou de vez no cenário, enquanto a vice insiste na defesa do seu palanque e repete que está aberta a negociações. Vão ocupar lugar secundário no bloco e desistir da pré-candidatura? Veremos o que vem por aí...

Nas redes
"O meu problema com o PT é que o PT tem saudades dos problemas que o Brasil já resolveu, e quer continuar resolvendo. Parece o Pazolini, asfaltando rua que já está asfaltada (...)". Luiz Paulo Vellozo Lucas, do PSDB.

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