Domingo, 19 Mai 2024

Associação de Moradores de Jardim da Penha é novamente palco das tensões eleitorais


A Associação de Moradores de Jardim da Penha (AMJAP) sempre traz fortes tensões em suas disputas internas, principalmente em períodos eleitorais. O bairro, que é o segundo maior da cidade de Vitória com cerca de 30 mil moradores, influencia diretamente as disputas partidárias e o jogo político na Capital.
 
A última crise aconteceu na recente eleição interna para coordenador-geral, posto mais alto da diretoria que funciona por um modelo de revezamento, mudando o comando a cada seis meses. Segundo Glauber Teixeira, diretor de comunicação da entidade, o grupo majoritário, ligado ao PT, se utilizou de um "golpe" para garantir o nome na coordenação-geral. 
 
Glauber foi eleito pela chapa majoritáira na Associação, mas teria sido considerado pelo grupo petista como “oposição” ao se filiar ao PPS, que disputa a eleição à prefeitura da Capital com Luciano Rezende. Já a chapa minoritária é ligada ao PMDB, que está coligada com o candidato tucano a prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas, aumentando ainda mais o acirramento na disputa. 
 
A diretoria da entidade, que tem mandato de dois anos, é formada de modo proporcional entre as chapas que disputam as eleições, ou seja, cada grupo ocupa a quantidade de cargos equivalente à porcentagem que conquistou nas urnas. Isso faz com que a disputa, que começa nas eleições, continue dentro da gestão eleita, aumentando naturalmente a briga interna na entidade.
 
Glauber diz que, na primeira reunião convocada para eleger o coordenador, colocou o seu nome à disposição. O grupo do PT, ao ver que perderia a eleição se a chapa minoritária votasse nele, teria saído do espaço, quebrando o quórum mínimo. Após isso, em outro encontro para enfim definir a questão, o grupo majoritário teria “ressuscitado” um diretor que se ausentou por  nove meses da AMJAP, o que, segundo o estatuto da entidade, acarretaria na expulsão do membro da diretoria. Com ele, o grupo petista venceu a eleição interna e garantiu a coordenação-geral para si.
 
Marcos Paulo Lacerda, que era o coordenador-geral antes do imbróglio, rechaça a denúncia, afirma que o diretor estava em licença médica durante o período e diz que todos que compõem a gestão sabiam do fato. Segundo ele, o que prova isso é a ausência de pedidos de substituição do diretor, que seria um procedimento natural se houvesse um abandono por parte de alguém.
 
Independente do julgamento sobre a veracidade ou não das denúncias, o fato é que a AMJAP continua mostrando o quanto representa as disputas eleitorais e é imagem da briga por espaço dos maiores partidos da Capital, afoitos por ocupar as brechas ainda disponíveis no tenso jogo político de Vitória.

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